sexta-feira, 27 de julho de 2007

Quando um é dependente do outro.



Dependendo da relação você tende a agir de acordo com um determinado padrão de comportamento.
Se você não tem jogo de cintura e se comunica sempre igual, produz um relacionamento conflituoso.
Quem é mais equilibrado, lembrando que não existe ninguém absolutamente bem resolvido, tenta alternar os papéis com a outra pessoa, buscando com isso um envolvimento mais inteligente, com mais cara de paz que de guerra.
Explico melhor:
No relacionamento, parece que uma boa parte das pessoas são do tipo grude, mais carentes, pedindo ou até implorando a atenção do outro.
São dependentes emocionais e no fundo sentem que a sua felicidade vem da outra pessoa, do fato dela estar ou não presente. Por isso, cobram, controlam, têm ataque de ciúme.
Há quem parta até para a investigação, olhando os recados do orkut, invadindo a privacidade etc...
Mas, o problema é que quanto mais atuam desta forma, ao invés de aproximarem o (a) companheiro (a), afastam-no cada vez mais.
Do outro lado existem aqueles que têm o pavio curto.
São os mais poderosos, independentes e se sentem sufocados com tanta cobrança e pressão.
São mais agressivos e têm uma atitude constante de rechaço, resistindo bravamente ao amor.
Se o primeiro tipo tem medo de perder e sofre com isso, o segundo faz de conta que não está tão interessado assim. Este é talvez o jogo que mais vemos acontecer. A tendência é que o conflito se acentue, chegando a uma situação mais perto do inferno que do céu.
Mas como sair disso?
Como mudar?
Na minha visão acho que existe uma saída na qual consiste na tomada de consciência de ambas as partes. Cada um dos cônjuges precisa se dar conta do seu jeito e entender que se não houver mudanças a relação terá seu prazo de validade próximo do fim.
Quem é dependente deve se indignar, aprender a ficar na sua, parar de se humilhar. É comum encontrar pessoas que têm um comportamento muito parecido com um dependente químico. Parece que vai morrer sem o outro.
Dizem: "Você é tudo para mim, sem você eu não vivo".
Neste caso, a necessária mudança se faz quando você passa a se dedicar a si mesmo, parando de pedir ou de cobrar, deixando que o outro venha de livre e espontânea vontade.
A dignidade o faz mais atraente.
Já quem é arisco ao relacionamento precisa entender o problema que tem de se entregar, de perder o controle.
Quando relaxa, enfrentando o medo de amar, fica mais humilde e reconhece que também tem o seu lado carente que precisa de amor.
Dá o braço a torcer e diz:
"Eu preciso de você, eu te quero”.
Se cada um dos dois fizer sua parte, o casal poderá colher os frutos de sua consciência e de sua coragem, deixando que o amor flua sem a rigidez dos antigos padrões.
Experimente!

Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

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