sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Fim....

Procura-se viva ou sentindo minha falta, alguém que um dia amei. 
Alguém que um dia se foi... 
Procura-se o fim. 
Procura-se e recompensa-se porque é dele, do fim, a culpa de cada letra de música, roteiro de filme, texto de blog... e também o peso da saudade que eu carrego. 
O fim. 
O fim de semana para suportar a semana inteira no trabalho. 
O fim da refeição para vir a sobremesa, para tolerar cada coisa que a gente não gosta, mas engole para ser saudável. 
O fim do ano para a garantida ilusão do fim do que não está bom e de mais uma dose do que está bem. 
E com o amor? 
O fim do amor para vir a saudade? 
O fim da saudade para vir o amor? 
Ou o fim da dor para ir a saudade e chegar outro amor? 
Enquanto tento responder eu penso que não é o fim que dói é a impossibilidade de voltar ao começo, de revisitar o meio, de poder reviver só por um dia aquilo que era vida e hoje se reduziu a lembrança. 
Lembrança é bom quando traz esperança, não saudade, pode anotar isso aí. Aproveita e anota também como era quem amei, desenha cada traço dela, faz um retrato falado e escreve que há recompensa. 
Eu recompenso fazendo feliz, sendo feliz, será que basta? 
Pode ser que não. 
Não, não venha me dizer que já é hora de esquecer, não tem relógio para o que a gente sente e para muitas coisas sempre fui pontual, mas não sei se a pontualidade cabe nesse caso. 
Desenhe aí o rosto da pessoa mais linda do mundo e escreva "te procura alguém que te amou sem motivo". 
Sem motivo, e quando é sem motivo a gente fica sem razão para deixar de gostar. 
O melhor motivo para amar alguém é simplesmente não saber o motivo ou não ter motivos para não amar. 
Poderia te explicar cada pedaço dela, cada detalhe do rosto, cada traço da boca, dos olhos, mas a verdade é que eu não sei mais como ela está. 
Pode ser que a pessoa que eu conheci e procuro seja completamente diferente da pessoa que hoje existe. 
Não vai dar certo pendurar um retrato falado, procurando alguém que amei e não sei como achar, dando ilusão à saudade ao invés de pôr nela um fim. Faça, então, o seguinte, desenhe a mim, me reproduza nesta folha com exatidão. 
Vou colocar junto uma foto minha antiga para ela se lembrar de mim e, se ainda me amar, ter como me procurar e me encontrar. 
Faça esse desenho e disfarce em seu rabisco qualquer tristeza que eu carregue, senão quando ela me ver não vai me reconhecer, eu vou ficar tão feliz quando ela voltar que se me pôr como estou agora na figura, vai pensar que não sou eu. 
Promete que procura por mim e entrega a ela o meu retrato para se ela, um dia, resolver me procurar. 
Melhor assim, sem forçar, deixando livre. 
É que talvez, no fundo, eu nunca deixe de esperar, mas aceite ela não vir. 
E se não me procurar que venha logo o fim, o fim. 
Pois nem sempre que termina acaba, compreende? 
Mas venha o fim se quem amei não vier. 
Tudo tem fim, até o fim, por isso, assim, com o fim do fim a gente pode recomeçar e dar um jeito de tratar de ser feliz. 
Procura-se...

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Felicidade...



"Uma coisa que eu aprendi, não dá pra esperar que as coisas deem certo, você tem que ir atrás da felicidade!!! 
Porque ela está ali parada, se você não agarrá-la com toda força ela vai embora. 
A felicidade não costuma ter muita atitude. 
É difícil, inicialmente parece que não vai passar mais, que nunca mais ela vai voltar, mas volta.  
De forma diferente.
Mas tudo é saber reconhecê-la"