segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tocando o Barco...

Imagine a seguinte situação. 
Você esteja flutuando em meio ao oceano, completamente só, sem salva-vidas, sem um barco, sem bússola, sem avistar qualquer sinal de terra por perto. 
Você está simplesmente lá, sentindo-se só e vulnerável. 
Então um barco se aproxima. 
Você vê, presa ao mastro, uma estranha bandeira com aquela caveira assustadora que costuma 
aparecer nos navios piratas. 
As pessoas a bordo lhe parecem meio estranhas, mas o barco se aproxima oferecendo ajuda, para resgatar você. 
O que você faria? 
Agora vamos tentar outra possibilidade. 
Você está cruzando o oceano em seu próprio barco, munido de GPS, abastecido com frutas e água doce, rodeado de amigos e pessoas queridas, quando vê aquele mesmo barco tentando se aproximar. 
O que você faria? 
Agora pense em sua vida. 
Como você se sente na vida? 
Nadando só em meio ao oceano? 
Ou confortavelmente fazendo uma viagem em seu próprio barco? 
Já construiu uma base que lhe dê segurança? 
Tem seus próprios amigos? 
Tem um trabalho que lhe garanta sustento? 
Tem seus próprios interesses e sabe para onde quer ir? 
Ou está sozinho, infeliz no trabalho, perdido, sem rumo, sem nem mesmo saber bem do que gosta ou não? 
Dependendo da sua resposta eu poderia lhe dizer, com uma boa dose de acerto, se você possui ou não predisposição para se envolver em relacionamentos abusivos. 
Uma pessoa que tenha construído para si uma boa base, que tenha uma estrutura firme, terá muito menos chances de estabelecer relacionamentos não saudáveis do que aquelas que seguem pela vida à busca de alguém que as salvem de sua horrível existência. 
Uma pessoa que tenha criado para si uma vida saudável, não aceitará menos do que um relacionamento saudável. 
Ora, se pode ficar bem sozinho, por que ficaria em uma relação que lhe faz mal? 
Mas quando as pessoas não possuem uma estrutura social, financeira e emocional que as sustente, ficam vulneráveis a aceitar situações em que sejam tratadas de forma desrespeitosa, indigna e muitas vezes agressiva. 
Como se não lhes restasse alternativa, como se não tivessem escolha. 
Aceitar ou morrer. 
Ceder ou ser jogada aos tubarões! 
Uma relação nessas bases é marcada pelo medo e pela dependência, não é difícil enxergar isso quando olhamos de fora e com atenção. 
Assim, antes de buscar um relacionamento, dê uma boa olhada em sua vida. 
Entenda que um relacionamento não pode ser a tábua de salvação para uma vida infeliz. 
Sua vida e o que quer que esteja acontecendo com ela é responsabilidade sua. 
Se você tem estado à espera que alguém apareça para salva-lo, cuidado! 
Nem São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis, poderá ajudar. 
Arregace as mangas e comece agora mesmo a curar sua própria vida. 
Procure conhecer melhor a si mesmo. 
Rodeie-se de pessoas que admire, invista nas amizades. 
Estruture sua vida profissional. 
Fortaleça a si mesmo. 
Só assim seus relacionamentos terão espaço para ser vividos como deve ser, com leveza, respeito e uma verdadeira parceria. 
Quer saber? 
Antes de procurar um namorado ou namorada, compre seu próprio barco!
Tadeu Silva ( Copyright 2011 Todos os direitos reservados )

sábado, 8 de outubro de 2011

Aceitação...

Há momentos na vida, onde tudo parece estar perfeito, maravilhoso, melhor que o sonhado. 
 Muitos desses momentos têm continuidade e nos permitem experimentar esta sensação de alegria profunda e realização, outros não. 
 Alguns desses momentos são subitamente interrompidos por causas inesperadas, fatos inusitados e circunstâncias inimagináveis. 
Há circunstâncias na vida onde não possuímos controle ou possibilidade de interferência ao ponto de mudar os resultados: resta-nos não como consolo, mas como atitude inteligente e digna o exercício da aceitação.
Dentro das principais opções que temos para enfrentar o sofrimento estão: o desespero, a raiva, a indiferença, a mágoa, a ira, a revolta, a depressão, a alienação e a aceitação. 
A única que não agrava nossos problemas e possui efeitos benéficos é a aceitação. 
O exercício da aceitação é tanto mais fácil e possível quanto maior for o nosso grau de consciência, maturidade e espiritualização. 
Aceitar é ser verdadeiramente humilde diante dos fatos inevitáveis e das circunstâncias imutáveis. A humildade nos faz reconhecer o limite das nossas possibilidades diante do universo ao nosso redor. Aceitação não é comodismo ou fuga, o ato da aceitação equivale a envolver com amor profundo os fatos que não podemos alterar e encará-los como circunstâncias a serem vivenciadas e vencidas para o fortalecimento do nosso ser. 
Diante dessas situações, seja forte. A verdadeira força reside nas capacidades de aceitação e de recomeçar. 
Compreender as coisas, nem sempre diminui a dor e o sofrimento, mas nos permite optar por enfrentar a dor e o sofrimento com inteligência, dignidade e resignação. 
Seja qual for a dor que te aflige, opte por enfrentar o sofrimento pela via da aceitação: a dignidade desse caminho lhe fornecerá as forças para renascer e recomeçar e assim como a mitológica ave Fênix, você renascerá das próprias cinzas (do sofrimento que vem lhe consumindo). 
Viver é renascer e recomeçar a cada dia, como repetia com profundo amor Chico Xavier: 
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". 
Por mais difícil que seja este momento, ele não é o fim. 
 Acredite, pode até parecer, mas não é o fim. 
Pratique a humildade, aceite a realidade e recomece, recomece sempre... 
Quanto mais cedo você exercitar a aceitação, mais cedo começará a ser feliz... 
Seja forte!
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)