domingo, 7 de dezembro de 2008

Continuo Andando Tão Feliz...



Há um ano eu escrevi esse texto e tantas coisas aconteceram, algumas boas e outras nem tanto, mas como tudo na vida merece uma reflexão para um aprendizado, espero que algo que eu tenha escrito no blog tenha ajudado alguém de alguma forma...


Já dizia o poeta, em conversa com um passarinho que chegava a sua janela:
- Se vieste aqui a procura de um verso, ide embora, não sou mais poeta, ando tão feliz!!
Muitas vezes escrevi aqui neste espaço, tão meu que não divulguei-o com afinco para ninguém. As palavras surgiam fáceis em minha mente, a inspiração brotava como gotas de suor.
Um suor denso, carregado, triste.
Um suor que me era praticamente roubado da pele.
Eu simplesmente deixava ele ser expelido.
Colocava para fora tudo o que estava me fazendo mal de alguma forma naquele momento.
As vezes ficava um texto bom, alguns confusos demais, outros ainda, ficavam meio que ridículos, mas eu os colocava aqui, porque era algo de momento, algo que fazia sentido, ao menos para mim.
A inspiração sumiu, tão logo os meus problemas clarearam.
Eu impus luz as minhas manhãs.
Abri as cortinas, mesmo sabendo que o sol faria arder os meus olhos, mesmo sabendo que o calor me seria incômodo.
Deixei a luz entrar no meu pequeno mundo escuro pois não agüentava mais viver na escuridão, acho que todos devemos nos dar uma chance de vez em quando.
Por enquanto, estou vivendo o lado bom desta claridade adquirida.
A felicidade não me deixa mais escrever textos tão melodiosos e sombrios.
Que posso fazer?
Ando tão feliz!!
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A Bad Taste In Mouth...


Há dias em que as coisas por e simplesmente não saem.
Hoje é um desses dias.
Tantas coisas em que vou pensando e que não deviam ser parte do meu pensamento, tanta dúvida que parece ter saído de debaixo do tapete para se sentar mesmo à minha frente numa atitude desafiadora.
No meio de tantas perguntas que me coloco e para a qual não encontro resposta, ou melhor dizendo, até encontrei, mas não me agrada e prefiro ignorá-la embora saiba que mais tarde posso me arrepender por a ignorar.
Está chegando o meu aniversário e como sempre comecei a olhar para trás e a fazer balanços sobre o que fiz, o que não fiz, o que queria e o que obtive e por estranho que pareça gosto do caminho até agora.
Faria coisas de forma diferente, mas em todas as grandes opções manteria.
E se há um pouco de tristeza, há sobretudo um traço muito forte de esperança e mesmo muita alegria perante o que está para vir.
É verdade que gostaríamos de apaixonar perdidamente, mas quando a paixão passasse, queremos ter alguém com quem possamos conversar de coisas simples, das coisas que gostamos.
Alguém com quem partilhar os meus medos e que num abraço forte me sussurrasse ao ouvido, “estou aqui”.
E por estranho que pareça, queria estar lá para a outra pessoa…
Talvez seja pedir muito, ou seja pedir pouco sei lá, mas esta coisa dos amores não segue um padrão que nos permita controlar.
Gosto de pensar: “O que ela estará fazendo…”
Gosto do olhar cúmplice de duas pessoas que estão no meio de muitas outras e que percebem que estão ali, mas querem sair dali para um qualquer outro lugar onde estejam sós.
Enquanto este sentimento não atravessa uma certa barreira para se tornar real, recuso-me a viver refém de uma espera que não traz nada, mas ao contrário de muitas pessoas que conheço também me recuso a dizer que: Estar só é que se está bem, não é normal.
Nós não fomos feitos para estar sós. (Carry each other).
E é assim, sinto-me nostálgico com vontade de arrancar essas “certezas” que tanto me irritam, mas ao mesmo tempo são tão reconfortantes.
Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

sábado, 18 de outubro de 2008

What you see is what you get...


"Sou perito na arte de auto-sabotagem.
Não sei se por defesa ou apenas porque sim e não há volta, a verdade é que saboto constantemente os inícios de hipotéticas relações que poderiam dar em qualquer coisa, mas nunca saberemos por que eu fiz questão de estragar.
Assim que noto um interesse especial firmo em fantasias irrealistas quanto às minhas virtudes, arranjo maneira de testá-la, aumentando exponencialmente o defeito que julgo mais incomodar e fico esperando a reação, o resultado.
Posso me passar por mais arrogante, mais burro ou mais fútil do que realmente sou, consoante a imagem que me parece ter sido construída na sua cabeça. A maioria desaparece sem deixar rasto.
Começo por fazê-lo de forma inconsciente embora acabe por tomar consciência do que o estou fazendo, muitas vezes demasiadamente tarde.
Exponho de alguma forma os defeitos, as cicatrizes, as inseguranças todas sem deixar escapar nada.
That's the point.
Quem gostar de mim pelo meu pior, merece então conhecer o melhor."

Alter-Ego Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aliança na mão...



Espero um dia usar uma Cartier*.
E seja com as mãos calejadas e com uma aliança no dedo.
Aliança no dedo é um “sim” e ao mesmo tempo um “não”.
Sim: Eu te amo e vou te amar pro resto da minha vida incondicionalmente.
Não: Eu nego todas as mulheres que amei um dia e todas que (muito possivelmente) vão me aparecer de hoje em diante.
Tem que ser pro resto da vida.
Não tem jeito.

Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)
*(Modelo Cartier, foi criada originalmente pelo joalheiro e relojoeiro francês Louis Cartier, em 1924. O aro branco representa a amizade, o amarelo a fidelidade e o vermelho o amor.)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Será que são os homens que têm medo do compromisso?


Acredito que vivo numa época em que à minha volta estão existindo mudanças significativas, e pela partilha de várias histórias vividas e ou vivenciadas, fico pensando se seriam os homens que têm medo do compromisso, ou se isso agora seria uma característica feminina.
Tenho assistido a vários amigos meus sonharem com o casamento, como formar família e os vejo chegar com ar completamente perdido porque quando o referem à pessoa querida a resposta é quase sempre a mesma:
“Casar?
Mas o que te passou pela cabeça?
Claro que quero…
Mas não já…
Quem sabe no futuro…
Talvez…”
A verdade é que eles é que ficam “chateados” porque sentem – como aliás me parece natural, que fizeram papel de bobos e vêem o futuro desaparecer e são apoderados por aquela sensação de “test drive” – gostam deles mas… há que ver o que acontece.
O que justifica esta aparente frieza feminina?
Pergunto-me se não somos todos vítimas da idéia de “Amor Ideal” que alguém inventou num mundo de fantasia aonde procuramos um amor de tal forma forte que arrase conosco e nos faça perder a cabeça.
Não haverá aqui horas e horas de novelas globais? Não terá Hollywood alguma culpa no cartório?Haverão de certeza justificações para estes comportamentos, seja a idéia do tal “Amor Ideal”, as famosas “borboletas no estômago”, a suposta igualdade entre os sexos.
Antes que se gerem equívocos, sou defensor da emancipação das mulheres e da sua liberdade, questiono se este é o caminho.
Será que por antes os casamentos serem por conveniência não haverá agora certo estigma que as leve a uma procura incessante de “um amor para vida toda”?
Talvez seja pelo medo de perder a liberdade conquistada, mas confesso que não percebo a questão do rótulo “pertencente a” porque ninguém é de ninguém.
Não concebo a idéia de um ser humano ser pertença de outro – distingo, no entanto o “pertencer” no sentido afetivo que no fundo quer dizer que se está com o outro não apenas de corpo presente, mas de alma também, apoiamos o outro “Carry Each Other”, somos o seu apoio em todas as circunstâncias.
Não sou ingênuo ao ponto de achar que todos os homens são corretos ou sequer querem comprometer-se, mas não deixa de ser um espanto assistir, por mais do que uma vez um aparente medo do universo feminino em se comprometer, quando me refiro a comprometimento, não é apenas ao matrimônio.
Será sinal dos tempos?
Estarão as mulheres a comportar-se como os homens que elas tanto criticavam?
Não haverá aí um certo acerto de contas com o passado histórico?

Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Bodas de Diamante...


Aproximação, conhecimento, namoro, noivado, casamento, nascimento dos filhos, bodas de prata - 25 anos, bodas de ouro - 50 anos, confraternização familiar, é a síntese da história de bodas de diamante - 60 anos.
Jair, com 20 de idade, Maria, com 17, começavam uma vida nova a dois, unidos pelo sacramento do matrimônio no dia 11 de setembro de 1948, no compromisso perante um sacerdote, na igreja Matriz em Araguari, juntamente com familiares e alguns amigos com a promessa que fizeram a Deus de serem fiéis um ao outro, amando e aceitando juntos nas alegrias e tristezas por toda a vida. Construiu um lar, uma família em que o Senhor os presenteou com quatro filhos, Luiza, Fernando, Luís e Tadeu, completando a felicidade de união.
Ganharam três netas, Leila, Lilian e Amanda que completando a família e unidos no amor farão a continuidade da geração que Deus os legou.
Nesses 60 anos, Jair e Maria, aceitaram e agradecemos as graças que nos vêm do alto por nosso Senhor Jesus Cristo.
Mesmo com dificuldades e sacrifícios na criação dos filhos, enfermidades, carências materiais, foram e são suficientemente felizes na vida em família.
Importa viver em comunhão de amor e que a paz que de os seus corações emana, contagie os semelhantes a usufruir a ventura que nos vem do elo da família unida no amor do Pai...
11/09/1948 11/09/2008
Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

domingo, 31 de agosto de 2008

Pontos de Vista


Como é que há bons e maus?
Os bons acham que são bons e que os outros são maus, mas o maus acham que eles é que são bons e os outros os maus.
Continuo a pensar que a verdade depende dos olhos de quem a vê e que todos somos parciais nos julgamentos que fazemos.
Haverá uma moral mais válida que outra?
Bom, não sei a resposta, mas como os pontos de vista são relativos, há a nossa moral que é de certa forma a lente que nos permite ver o Mundo e interpretar os atos dos outros e formular juízos.
“Não se deve julgar os outros.”
É uma verdade, mas também não é menos verdade que todos nós o fazemos.
Seja pelo aspecto da pessoa, pela sua atitude ou conversa, tiramos sempre conclusões acerca da pessoa.
Formular um juízo em relação a uma pessoa não me parece nada de errado, desde que mantenhamos a capacidade de o alterar consoante os fatos que depois surgem.
Voltando um pouco atrás, o que seria de nós sem nos impormos uma determinada conduta?
Fala-se muito em liberdade, mas liberdade não pode ser “fazer tudo o que se quer”.
Liberdade implica responsabilidade.
É um chavão...
Eu sei.
Quando tomamos a liberdade de trazer alguém para a nossa vida, temos a responsabilidade de olhar por essa pessoa, de a proteger.
Há um respeito pelo outro que, quer seja numa relação amorosa, numa relação de trabalho, amizade ou qualquer outra tem de haver...

*Ps. Atendendo pedidos coloquei uma morena como ilustração rsrs...
Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

sábado, 23 de agosto de 2008

Amor-Próprio


Responda honestamente:
Você gosta incondicionalmente de você?
É feliz na sua vida como ela está?
Faz todas as coisas que lhe fazem bem?
Procura tomar sempre decisões em favor de sua felicidade?
Logicamente que a maioria das respostas será "não".
Se uma pessoa não se ama, não procura fazer sua própria felicidade, não conseguirá jamais amar verdadeiramente outra pessoa.
Como pode dar algo que não tem?
O amor-próprio nada mais é do gostar de si mesmo, do que faz e realiza.
Também envolve auto-estima de se gostar do jeito que é. Gordo ou magro, baixo ou alto, enfim não interessa a aparência.
Amar a si mesmo é primeiro passo para aprender amar o próximo.
Quando aprendemos a nos amar não deixarmos que "coisas" nos atrapalhem, nem que nos façam cair.
É mostrar sua beleza interior onde o tempo não destrói com os anos.
É tratar como gostaríamos de ser tratados, saber que somos passíveis a errar, pois somos humanos imperfeitos.
É demonstrar amor sem pedir em troca nada.
Ninguém permanece lindo(a) pra sempre, ninguém é gordo(a) e não possa emagrecer, ninguém é magro (a) não possa engordar, ninguém que cai tem permanecer no chão, ninguém que é rejeitado é rejeitado por todos, todos têm o seu valor.
Amar a nós mesmos requer coragem de nos aceitarmos com nossas faltas fazer algo pra melhorar o que nos pertuba.
Nos amar é recuperar das quedas e levantando a cabeça... Recomeçar.
É acreditar em nós mesmos e nos aceitar do jeito que somos é amarmos ao próximo aceitando suas falhas assim como a temos também.
É ver alem das aparências e conhecer o íntimo de si mesmo é estar pronto pra cair e levantar, chorar e enxugar as lágrimas, de sofrer e se recuperar.
A sempre um novo dia a sempre uma nova chance.
O amor-próprio é o que traz vida é o que nos da alegria não deixe que coisas ou pessoas tirem o que pertence a você.
É seu maior tesouro.... Lute por ele.
Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

The Persuit Of Love...


Na verdade, o que todos nós queremos é perseguir o mesmo sonho:
Encontrar o AMOR.

Explica-se assim a tal angústia que se apodera de todos quando percebemos que tudo se resume a essa necessidade primordial.
Alguns o encontraram e perderam...
Outros o encontraram e não o quiseram...
Outros ainda nunca o viram...
E há os que, não sabendo exatamente de que se trata tal coisa, ou que formas podem tomar, desconhecem mesmo como irão fazer se o encontrar.
Há quem não conheça a arte da entrega, quem não saiba o que quer, quem não sabe o que procura, quem nunca tenha encontrado.
Este desconhecimento faz, segundo um amigo meu, todo o sentido:
"Já imaginou como seria a nossa vida se soubéssemos exatamente o que queremos e andássemos satisfeitos?"
Para ele, a magia da incerteza está sempre lá.
Acompanha-o.
E vive um ciclo permanente de encontros e desencontros que se sucedem.
Quando sabe que o outro está lá, à sua espera, começa inconscientemente a sentir que ganhou essa batalha e, qual guerreiro de uma guerra já ganha, inicia imediatamente uma nova conquista.
Não sabe ele, que:
Não é fácil encontrar a felicidade dentro de nós, mas é impossível encontrá-la em outra pessoa.

Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Memória de Vida.


É muito difícil você se expor, mas há fatos que nos trazem informações que nos mostram todo um caminho percorrido e doas quais podem ser retirados muitos exemplos que podem nos ajudar profundamente.
Vivemos perdidos, sem saber o que ou como fazer muitas coisas, como reagir a diversas situações que nos caem sobre a cabeça, desnorteando-nos.
Nesses momentos você pára e se pergunta:
- Mas o porquê disso tudo?
O que foi que fiz?
Por que as pessoas são assim?
Para todas essas perguntas existem respostas!
Respostas concretas e com fundamento.
Como descobri-las?
Basta olhar para dentro de nós mesmos.
Está tudo alí, da menor à maior ação e todas elas respondem ao que é hoje a nossa vida.
Logicamente que isso é como um imenso quebra-cabeça, o qual para nós, devido às nossas deficiências, não conseguimos juntar todas as peças ao mesmo tempo.
Bom, isto é matéria fácil... rsrs!
Não, infelizmente não é!
Precisamos entrar em nosso eu interior e tirar as teias, o pó, a sujeira que lá está, para, somente depois, pensarmos em como reordenaremos tudo!
Reordenaremos?
Exatamente!
Há tempos atrás, já fomos organizados em termos de sentimentos.
Quando crianças, tudo era simples e nossas emoções e sentimentos equilibrados: com um sorriso expressávamos a nossa momentânea verdade.
A tristeza e o descontentamento desapareciam rapidamente, substituídos por repentinas alegrias.
Bons tempos aqueles, como é costume afirmar!
Mas à medida em que vamos crescendo, começamos a complicar a vida.
O interesse por amigos e os relacionamentos com pessoas do sexo oposto nos levam a desestruturar nossa personalidade, de modo a adequá-la a esses terceiros.
E isto ocorre com todos, em maior ou menor grau, dependendo tão somente da insegurança que é inerente à adolescência.
Assim, o tempo vai passando e começamos a nos adaptar às novas realidades que criamos.
Dessas adaptações decorrem as transformações que acabam por engessar o nosso comportamento.
Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

terça-feira, 15 de julho de 2008

The Single


Estar solteiro ou, ainda, ser solteiro (para alguns) é algo que claramente passa por diferentes fases ao longo da solteirice.
O primeiro impulso da solteirice é o desespero.
Você percebe que esqueceu como é estar solteiro e só consegue ver pontos negativos, achando que nunca mais vai se apaixonar...
O segundo é a farra.
Você percebe a primeira vantagem de estar solteiro, passa a sair todos os dias e ter vários "affairs" esporádicos rejeitando qualquer possibilidade de relacionamento.
Depois, vem o questionamento existencial: você começa a prestar mais atenção si mesmo, refazer planos, tocar projetos havia muito esquecidos, etc. e decide que você é simplesmente a coisa mais importante da sua vida.
Então vem o sossego.
Você está feliz como está, solteiro, cuidando de si mesmo, saindo com seus amigos e amigas solteiros, e aí...
De repente você percebe que todos os seus amigos e amigas solteiros estão se envolvendo, começando a namorar.
E você, nada.
A pulga está plantada atrás da orelha. Esta é a fase da inquietação.
Você se vê pronto para um relacionamento novamente, querendo, desejando, almejando conhecer alguém, se apaixonar, fazer valer a pena, etc.
E nada.
Olha em volta e ninguém parece interessante.
Essa fase costuma parecer muito mais longa do que é, na verdade.
Então vem a fase final: desencana.
Você simplesmente desencana e é feliz.
Passa a cuidar tranqüilamente da sua vida, feliz, sem se incomodar ou se preocupar com o fato de estar solteiro. Depois dessa fase acredito que vem o melhor, porque sempre nessa fase, você acaba "conhecendo" alguém e se apaixonando.
E aí não está mais solteiro, espero calmamente essa fase chegar...
Mas por enquanto guardo comigo a sábias palavras de uma amiga:
" Um dia por vez... por hoje eu vivi, por hoje eu consegui, por hoje superei, o amanhã a Deus pertence."
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Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Transparência...


Às vezes, fico me perguntando: porque é tão difícil assim...
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas, ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, ser frágil, chorar, falar o que sentimos...
Ser transparente é desnudar a alma, deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos muros que nos empenhamos tanto para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde!
Mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco.
É preferível a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana!
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...
Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção...
Não porque sejamos mentirosos, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado.
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar: doçura, compaixão, a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos...
Daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas q não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "Você está me machucando. Pode parar, por favor?
"Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, ser bobo, ser menos do que o outro.
Quando na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor...
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura!
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível.
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto, que consigamos docemente viver, sentir, amar...
E que você seja não só razão, mas também coração, não só um escudo, mas também sentimento.
Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar...
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Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

sábado, 1 de março de 2008

A seguir: Cenas do próximo capítulo..


Por que esperamos tanto pra fazer o que queremos?
Porque somos idiotas, oras...


Você deve saber como é isso.
Deve saber como é bancar o adulto fodão, que tem preocupações mais importantes, e se sentir um adolescente inseguro e espinhento ao pensar “no que poderia ter sido e não foi”.
Pois é, por mais difícil o velocímetro tenha zerado, é difícil esperar alguma coisa aconteça para dar um fim na história.
Mesmo que não termine do jeito que queremos, mas que termine de alguma forma.
Sem sentir dores horrendas ou profundas.
Sem deixar de viver.
Sem assistir as novelas do SBT.
Sem nem mesmo saber o que me esperava.
Demorou um bom tempo pra eu me tocar de uma coisa: as cenas do próximo capítulo eram a parte mais importante do episódio.
Que seriam elas que me fariam parar de inventar começos e procurar finais em outras histórias.
Histórias erradas, nas quais eu entrei por pura falta do que fazer.
E por covardia de viver a única que realmente me importava.
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Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Paraíso Provisório


Jamais conheci alguém que fosse prudente o suficiente a ponto de não se envolver, não amar outra pessoa para não correr o risco posterior da dor.
Ultimamente tenho feito a seguinte pergunta:
O seu amor é grande, imenso, infinito mesmo?
Então esqueça o que virá depois. Viaje a bordo dessa nave extraterrestre que é o amor.
É uma jornada inesquecível.
E altamente espiritualizante, às vezes surreal.
Ao descobrirmos os nossos venenos internos (orgulho, aversão, apego, inveja, etc.), devemos arregaçar as mangas e ir à procura do antídoto.
Não devemos ter tempo para sofrer, mas depois pensando bem, acho que o melhor mesmo é saber que os venenos estão lá, ter consciência deles.
O resto, o antídoto, vem com o tempo.
Para podermos lidar com o nosso sofrimento é preciso, antes de tudo, conhecê-lo. Em cada centímetro.
Seu cheiro, sua extensão, formato, tudo.
Depois, bem depois, saber por que, quais as causas que nos fazem ou fizeram sofrer.
Somos feitos de felicidade e infelicidade.
O ideal é bebermos dos dois.
A dois.
De preferência.
A dor vem depois.
Não adianta saber.
Nosso impulso é mais forte do que qualquer argumento lógico.
Somos movidos de impulsos.
Não acredito nesse mito que vislumbram homem plenamente racional.
Sou um romântico monumental.
Viva o presente e não pense na dor, que provavelmente, virá.
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Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

PAR PERFEITO


"Era uma vez um anjo muito distraído chamado AMOREL, que recebeu uma incumbência de Deus:
- AMOREL, acabo de inventar os humanos.
Eles estão classificados como homem e mulher, cada um tem seu par e já estão todos alinhados de par em par.
Pegue esta bandeja de humanos e leve para que eles habitem a Terra.
AMOREL ficou contente pois, há muito tempo, o Senhor não o chamava para tão nobre trabalho. O anjinho pegou a bandeja e ao virar uma esquina lá no céu, trombou com uma anjinha chamada AMANDA.
A bandeja voou longe, e todos os casais de humanos se misturaram.
AMOREL e AMANDA ficaram desesperados e foram contar para Deus o ocorrido e o Senhor falou:
- Vocês derrubaram, vocês juntarão!
Porém, parece que Deus se esqueceu que os anjinhos eram distraídos.
E é por isso que a cada dia os casais se juntam e se separam.
Os dois anjinhos, trabalham incessantemente para que os casais originais se encontrem.
O trabalho é muito difícil, tanto é, que por muitas vezes eles juntam casais errados, pois os humanos espalhados ficam inquietos e cobram o serviço dos anjinhos, o tempo todo.
Quando os humanos se mostram muito desesperados, os anjinhos unem dois desesperados, mas logo depois percebem o engano e os separaram, e por muitas vezes, esta separação é brusca, pois não se tem tempo a perder.
Recebi um bilhete dos dois anjinhos e vou mandar pra você agora:
"Se você é um humano, queremos pedir desculpas pela nossa distração, pois errar não é só humano!
Estamos trabalhando com empenho, porém, sempre contando com a ajuda de vocês.
Não se desesperem mas também, não se isolem.
Tentem se mostrar realmente, quem é cada um de vocês, pois a medida que cada um mostrar o que é de verdade, vai tornar o nosso trabalho mais fácil.
Aproveitamos a oportunidade, para nos desculpar pelas separações abruptas, sabemos que elas geram muito transtorno, mas se nós o separamos de alguém, é por que em algum canto vimos alguém bem mais parecido e por isso precisamos isolá-los para facilitar o encontro."

(Desconheço o autor)

Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sorria


Quando você escolher as pessoas para ter do seu lado. Amigas (os). Namoradas (os).
É vital ter por perto pessoas que sorriam e nos façam sorrir.
E então reflito sobre os relacionamentos amorosos. Eles são tão mais leves tão mais gostosos quando temos conosco alguém que traga luz exuberante dos sorrisos genuínos (Digo genuínos porque não existe nada pior que um sorriso hipócrita e fabricado).
E os relacionamentos podem um tormento quando quem está do nosso lado não sabe rir.
O ideal é termos uma não uma “palhaça” como namorada, mulher, manteúda ou o que você quiser, mas alguém que saiba sorrir.
O sorriso é uma atitude. Mostra, quase sempre, um espírito superior, de gente capaz de lidar, com dignidade e bravura, com as inevitáveis adversidades da vida.
Assim como rosto fechado e sombrio quase sempre é sinônimo de pessoas tomadas pela síndrome da vítima, a compulsão de pôr a culpa de tudo nos outros, evasão total e descarada de responsabilidade.
È aquela história: o mundo me persegue. Ninguém me compreende.
O Sorriso é, repito, uma atitude, tem que ser cultivado.
Como toda virtude, tem que ser cultivado. São absolutamente excepcionais as pessoas cuja alma já nasce sorridente. Para nós, outros, os normais, sorrir para a vida é algo é fruto de um esforço cotidiano, um treinamento incessante para não ver os fatos sob ângulos negativos.
Você sabe que uma relação está morta quando se acabam os risos.
Um romance saudável tem a estridência irresistível e espontânea das gargalhadas.
Pode acontecer que os dois tenham esquecido como dar risada. Então vale a pena o esforço de relembrar.
Mas, se você tentar devolver a alegria de uma relação que se tornou pesada e não conseguir nada além de lamúrias é melhor desistir.
Não do sorriso, não da alegria no amor, mas da relação.
Só continue se você gostar de sofrimento.
Para quem acredita que o propósito da vida e a felicidade, para citar o uma bela frase do Dalai Lama, não há saída senão respirar fundo e cair fora.
Com um sorriso de preferência.
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Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Quando a dor acaba


A dor do amor perdido logo passa.
Mas então outra coisa dói...

Lendo “Uma frase” de Marcel Proust deparei-me com uma beleza e tristeza ímpar na qual resolvi escrever:
“Nesse nosso mundo onde tudo fenece, tudo perece, há uma coisa que se deteriora, que se desfaz em pó até a de forma mais completa, deixando pra trás ainda menos traços de si do que a beleza: a saber, a dor”.
O luto eterno que a dor, a dor da perda de um grande amor.
A gente imagina que vai morrer sem ele.
Como dói aquela ausência.
Como doía a perspectiva de não poder ter nos braços alguém que a gente imaginava ao nosso lado para sempre.
Nunca mais.
E, no entanto quando aquela dor torturadora se vai, vencida enfim pelo decorrer do tempo, o que sentimos não é alívio, mas o vazio e frustração.
É como se pensássemos: o grande amor exige uma dor eterna, um luto no coração até o último dia. Só que a dor como disse Proust, dura ainda menos que a beleza.
E então era o tempo de despedida.
Sem drama.
Compreendi com clareza que a morte da dor amorosa também pode, de uma forma estranha, doer.
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Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

"Cindy": Sapatinho de cristal também faz calo... (e foi trocado pelo scarpin.)


Há muito tempo, numa cidade longínqua....
Será que o sapatinho de cristal fez um calo no delicado pezinho das mulheres?
Ou será que a busca pelo “Príncipe Encantado” as obrigou a fazer um “recall” do sapatinho de cristal.
(recall, para quem não está acostumado com o jargão, significa "relembrar" e refere-se a quão presente na mente, ou então revogar, reparar, anular.)
Voltando...
Hoje em dia o sapatinho de cristal foi trocado pelo Scarpin e elas, as mulheres, tem opções que variam entre verde, azul, vermelho, com motivos de onça, zebra...
- Calma Cindy, "Cinderela Contemporânea”.
Por que compensar o “Príncipe Encantado” por Fendi, Gucci ou Louis Vuitton? A vida profissional, ou então a acadêmica nos mestrados e doutorados, são mais importantes que a emocional? A dúvida é: As mulheres tornaram-se ocupadas e racionais demais?
Ou então, são os homens que buscam as cinderelas?
Na busca pelo Príncipe Encantado como par romântico, às vezes encontra-se uma pessoa que está a fim de fazer a diferença, mas algo não encaixa... altura, peso, idade, incompatibilidade financeira, e por ai vai as desculpas são cada vez mais originais.
Não adianta mesmo. O ser humano é assim, quanto mais têm, mais quer.
O problema não se resolve com uma simples saída a procura do scarpin dos sonhos, ou do objeto de desejo. Não se consegue a satisfação, nem mesmo quando acredita ter encontrado a pessoa próxima daquela idealizada, aquele pensamento: “Nunca vou poder viver feliz para sempre”, bate como o sino da meia-noite e a linda carruagem vira abóbora.
Quando a “Cindy” perdeu o seu sapatinho de cristal o “Príncipe Encantado” não foi procurá-la, permitiu que os “genéricos” o substituissem. E, para não fugirem do script, Mentiram e partiram deixando-a lançada ao chão. Porque nenhum deles fez questão de pensar na “Cindy”?
Às vezes porque as mulheres perdem tanto tempo procurando os “Príncipes Encantados” que esquecem de olhar para os lados e ver o que de fato precisam para serem felizes?.
E duro admitir que o “Príncipe Encantado” não vai chegar com o seu White Horse e entre um galope e outro presente-a-la com um ramalhete de rosas vermelhas e uma caixa de Godiva. Mas questão é: Será que todas descendem da Cinderela?
Algumas histórias acabam ficando no... Era uma vez numa cidade longínqua em que a felicidade está muito mais em aproveitar o que o hoje tem a nos oferecer, do que esperar por algo que dure para sempre.
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(Agradecimento especial pelas idéias e a revisão à Maira Itaboraí Melo, Jornalista, Amiga e Anjo da Guarda...)
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Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Como lidar com a frustração?


“No dicionário, a palavra frustração é definida como “estado de um indivíduo quando impedido por outrem ou por si mesmo de atingir a satisfação de uma exigência pulsional (emocional)”.
Levando em conta esse significado ao pé da letra, eu pergunto: é pior ser impedido por si mesmo ou por outra pessoa?
Sinceramente eu não tenho resposta.
Só sei que frustrar-se é uma sensação desesperadora!
Dá um sentimento de impotência diante do mundo, da vida, dos acontecimentos, seja ela uma frustração profissional ou emocional.
A wikipédia vai além e diz que frustração é comparável à raiva.
E eu concordo. Existe algo que nos cause mais ódio do que não conquistar um objetivo?
Depois de 25 anos vividos, eu penso que ainda tenho muitas coisas para aprender. Uma delas é que se recuperar do baque de não conseguir aquilo que você tanto almeja.
Só sei que é muito difícil. E doído. E demorado.
Afinal, como lidar com a frustração?”
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Abrindo exceção, acabei postando um texto retirado do blog da minha querida amiga Manu: http://www.correiodeuberlandia.com.br/blogdamanu