sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Síndrome de Peter Pan

Acredito que todos conhecem a história de Peter Pan, um garoto que não queria crescer, que vive no mundo da fantasia conhecido como Terra do Nunca (onde a infância nunca passa) em companhia de um grupo de garotos conhecidos como Garotos Perdidos.
Pensando nisso, será que é tão estranho constatar que muitos homens queiram viver na Terra do Nunca?
Imagine uma vida cheia de aventuras e diversões, sem ninguém para lhe dar ordens e mandar em sua vida. Mantendo-se sempre numa eterna juventude, evitando assim as responsabilidades da vida adulta. 
Agem e se vestem como adolescentes, dedicam horas consideráveis à academia, adiam eternamente as responsabilidades, ainda morrem de medo do casamento, já terminaram vários namoros por saber que a mulher queria casar e ter filhos, vivem na balada, cada semana uma menina nova, dificilmente se fixam a alguém. Se for o caso, escolhem uma mulher para deixar em casa e continuar vivendo as suas aventuras sempre que possível. Casa por pressão, porque a turma acabou, ou porque a idade realmente chegou, ou porque todo mundo casou, ou porque os pais querem netos, mas o  instinto Peter Pan vai junto dentro do bolo.
Soa familiar?
Por que será que cada vez mais eles receiam os comprometimentos e/ou se recusam a agir conforme a sua idade?
Mesmo que encontre Wendy, será que por amor a ela, eles irão querer viver no mundo real, assumir compromissos e dividir responsabilidades?
Se esses homens são os “Peter Pans" por excelência, são as "Wendys" da vida que sofrem com isso – afinal, são elas que vão lidar com um parceiro infantilizado, que não está nem aí para o próprio comportamento. Mas, em geral, basta um rostinho bonito, um sorriso doce e uma dose de charme para Wendy cair na lábia de Peter Pan e voar com ele para a Terra do Nunca. 
Tudo vai bem, até ele resolver brincar de Capitão Gancho.
A armadilha se torna mais perigosa, se essa Wendy é, na verdade, uma Cinderela.
É que, entre as mulheres, a tendência é o desenvolvimento do Complexo de Cinderela, a mulher cresce acreditando na ilusão de que irá encontrar um príncipe encantado: o homem perfeito. 
Imagine a confusão se ela decide que esse parceiro irresistível é o Peter.
Será que toda vez que aparecer um problema eles irão voando para Terra do Nunca deixando a Wendy/Cinderela a espera na janela?
Uma vida agitada, mas solitária nessa Terra do Nunca será melhor do que assumir o risco de crescer e ser feliz com Wendy na vida real?
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

11/1/11 - Onde estão as pessoas que prestam?


Será que os sentimentos tornaram-se também descartáveis?
O medo de sofrer tornou-se algo tão grande que usamos das maneiras mais estranhas para nos proteger.
Já ouvi tantas e tantas pessoas contando que foram seduzidas, se apaixonaram, foram usadas e depois jogadas fora, que até perdi a conta, mas recentemente fui ouvinte de uma história que me fez refletir e vou dividir com vocês do blog, usando nomes fictícios, claro.
Outro dia, Mônica perguntou ao seu mais novo “affair”, Eduardo, no msn quando eles se encontrariam novamente, ele respondeu que estava muito ocupado e que seria difícil se encontrarem naquele final de semana, mas confirmaria com ela mais tarde.
Ah!!! Se Mônica tivesse seguido o "Conselho para mulher solteira" do facebook:
"Se você pode encontrá-lo, ele também pode. Se ele quiser encontrá-la dará um jeito". ( Agora o conselho para homem solteiro: "Se você pode encontrá-la ela também pode. Se ela quiser encontrá-lo dará um jeito".)
O resultado, depois dessa conversa, Eduardo simplesmente desapareceu!
Nenhum email, mensagem, sms, telefonema, nem ligação à cobrar (Desculpe-me, mas sou obrigado a abrir um parênteses, acho que não existe coisa pior que um homem que dá toquinho no cel, ou liga a cobrar para mulher, será que ela não vale o custo de uma ligação), voltando... nem sinal de fumaça, nada!
Infelizmente, como hoje ainda não existe nenhum tipo de garantia para o caso da relação não funcionar, num momento de reflexão  Mônica desabafou:
“A partir de agora não vou mais me relacionar com ninguém, não vou estabelecer nenhum laço com ninguém. Não correrei riscos, porque não posso suportar mais essas perdas.”
Além disso, acrescentou que não devemos nos apegar demais às pessoas, pois, só assim, conseguiremos evitar o sofrimento.
Quando ouvi isso achei um verdadeiro absurdo. Mas hoje fiquei na dúvida.
A partir de agora não vamos mais fazer questão de conhecer as pessoas para não sofrermos mais?
Quando um relacionamento começar a ficar mais sério ou antes de sentirmos alguma coisa por alguém, devemos terminar para não sentirmos dor?
Será essa a melhor forma de evitarmos o sofrimento da perda?
Se os relacionamentos estão cada vez mais descartáveis, e por extensão as pessoas que cruzam as nossas vidas, o que sentimos por elas é também descartável?
E o que faremos com os sentimentos que não podem ser reciclados?
É claro que algumas pessoas tem mesmo o incrível dom de serem covardes e nos tirar um pouco da esperança em acreditar que ainda existam pessoas que valham a pena. Entretanto, felizmente, o melhor que Mônica pode fazer por Eduardo é conseguir, é encontrar um amor, é não desistir e mostrar para ele que ninguém precisa se reduzir ao que ele foi, uma pessoa descartável...
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)





sábado, 1 de janeiro de 2011

1/1/11 - New Year's Day - Tudo Re-Começa...

‎"Nobody can go back and start a new beginning, but anyone can start today and make a new ending"

New Year's Day...
1/1/11. 1h da manhã.
Um ano novinho em folha começa.
Após um reveillon tranquilo em casa com a família, resolvi dar boas vindas de ano novo aqui no blog.
One - But We're Not The Same, inciado em 2007 publiquei, poemas, notícias, crônicas e outros gêneros textuais, que por muitas vezes serviam para extravasar os momentos de felicidade, outros para desabafar o que me aflingia a alma nas horas de incompreensão total das várias coincidências, palavras não-ditas, olhares desviados e perguntas sem respostas.
Projetos são para o futuro, ninguém planeja mudar o passado, ninguém traça metas para o que já viveu. Por isso, o "certo" é ser sincero com você mesmo, orgulhar-se por tentar, ter coragem de amar e mais coragem ainda para deixar de amar!
Não é fácil...
Nessa data, reflexiva, saudosista e esperançosa, mas como diria o velho ditado:
"A vida é um papel em branco onde escrevemos a nossa história sem borracha".
E pensando bem, o legal das coisas estão mesmo é ai, cometer erros, quebrar a cara, tomar fora e aprender com todas essas coisas, e tentar ir se aperfeiçoando a cada erro cometido, pois é neles e com eles que aprendemos.
Sentamos e avaliamos onde foi que erramos o que fizemos pra a coisa ter esse ou aquele desfecho.
C'est la vie... Erros e acertos. O máximo que temos é a chance de tentar de novo, se acertou, parabéns, se errou veja e reveja onde errou e faça direito na segunda chance, pois com o erro você se tornou uma pessoa mais experiente e não cometeria o mesmo erro duas vezes, você tem direito a outros erros não ao mesmo, por tanto viva intensamente sem medo de cometer erros, pois eles certamente acontecerão quer você queira ou não.
Um ótimo re-começo, para todos nós, é o que desejo a todos vocês amigos(as) e leitores (as) do blog.

















Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)