quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2012...


Ano novo, vida nova, sonhos novos, desafios novos...
Será?
Mudou apenas um número lá no final quando se escreve a data, a vida continua a mesma, os sonhos são os de sempre (que eu vou aos poucos realizando), e os desafios são os mesmos (e são muitos).
Perder peso, ler mais, passar mais tempo com quem ama, realizar um sonho. 
A nossa lista de “coisas pra fazer no ano novo” parece ter muito sentido no dia 1° de janeiro, mas geralmente é esquecida logo que a rotina volta ao normal, e as mudanças são adiadas mais uma vez. 
Gosto muito da minha vida, não quero uma nova. 
É obvio que as coisas poderiam ser mais fáceis, tipo ganhar os 170 milhões na mega-sena acumulada, e também é obvio que espero que o tempo que vem pela frente seja ótimo, de grandes realizações e felicidades, mas não vou deixar meus sonhos vinculados a um número no calendário. 
Acho que já deu para perceber que nos outros anos a meia-noite passou e tudo continuou igual, né?
A vida, os sonhos e os desafios são vivos e estão presentes o tempo todo, resta apenas tentar fazer com que tudo seja o mais agradável possível, diariamente.
Não existe poupança de sorrisos, aplicações de carinhos, nem fundos de investimentos de declarações de amor. 
O negócio é gastar tudo que se tem disponível sempre, pois diferentemente do dinheiro, quanto mais se gasta estes "itens", mais se tem pra gastar. 
Até dá para usá-los amanhã, mas acredite, não serão mais os mesmos de hoje.
Então, feliz hoje pra nós! 
Vamos se lembrar sempre de que sempre é hoje, e celebrar!
Esse ritual de passagem pode até ser válido para fazermos um balanço geral das nossas ações e refletirmos se estamos no caminho certo. 
No entanto, não precisamos esperar qualquer simbolismo para colocar nossos planos em prática. 
Realização é uma busca diária.
 
Não se esqueça dos compromissos que você firmou consigo mesmo.
 
Você é responsável por dar sentido à sua vida, todos os dias, todos os anos.

Com muito carinho gostaria de agradecer a todos que visitaram este blog ao longo de 2011  e que fizeram ele acontecer.
Deus os abençoe.
Um forte abraço e um maravilhoso 2012!

“Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.”(Efésios 4, 23-24)

Tadeu Silva ( Copyright 2011 Todos os direitos reservados )

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

More Than Words


Todos gostamos de belas palavras, porém poucos de nós as transformam em atos. 
E sempre comum ouvir alguém dizendo que “o que vale é a intenção!”.
De que adiantam boas palavras, boa intenção sem atitude?
De que vale a intenção de respeitar alguém, se na verdade agimos pensando apenas em nós mesmos?
De que vale a intenção de amar, se agimos com o mais puro desamor?
Vale muito pouco, para não dizer nada.
Eu posso ter os mais belos pensamentos e ideais, mas se eles não vierem acompanhados de atitudes coerentes, tornam-se apenas uma forma de anestesiar a minha consciência ameaçada pela culpa de não ter agido de acordo com ela.
Dizer simplesmente para si próprio: 
“Eu não tive a intenção de ferir ninguém” é uma desculpa para que não nos sintamos tão culpados pelo mal que causamos. 
Talvez fosse mais honesto que assumíssemos o erro cometido, nos desculpássemos e tentássemos reparar o mal causado de alguma forma, com atitudes. 
Todos podemos (e vamos) errar muitas vezes na vida. 
Faz parte de nossa condição humana. 
Mas lembre-se: todos nós temos um enorme potencial de reparação e podemos usá-lo criativamente, desde que escapemos da comodidade de evitar enfrentar a vida.
Palavras isoladas são para covardes, que fogem e se escondem. 
Apenas os corajosos são capazes da ação realmente reparadora. 
Coragem tem a ver com ação, com enfrentar as dificuldades de frente.
Assim, se você feriu alguém, não evite essa pessoa. 
Vá em sua direção e tente reparar o mal causado.
Se você gosta de alguém... mostre! 
Tenha atitudes amorosas. 
Seja atencioso, respeite, proteja, acalente. 
Torne-se presente. 
Olhe de verdade para essa pessoa, perceba a sua existência, coloque-se no lugar dela. 
Saia do perímetro de seu próprio umbigo. 
Olhe para essa pessoa, lá no fundo dos olhos. 
Tente perceber o que ela pode estar sentindo e tente agir da melhor forma que puder. 
Não se esconda atrás de suas palavras. 
Palavras “bem ditas“, são as que vem acompanhadas de atitudes, pense nisso, para que não sejam "More Than Words".
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

20/11 de 2011 - Homens Auspiciosos...

Depois de falar sobre as mulheres auspiciosas, agora quero falar sobre os homens auspiciosos, com a mesma questão em mente. 
Os homens podem viver bem e felizes, mesmo sem estarem comprometidos, em um relacionamento afetivo?
Muitos homens, por hábito ou carência, acabam preenchendo o vazio afetivo que lhes oprime o peito com pessoas que não os tocam de verdade. 
Outros, no entanto, cansados de relações superficiais, buscam encontros mais profundos e acabam tendo de aprender a viver só enquanto não encontram o que de verdade buscam.
Exigentes, não querem ao seu lado apenas uma mulher que supra o buraco da tão conhecida carência. Desejam uma parceira de vida, que os estimule, que os façam crescer, que os ajudem a extrair o que há de melhor em si mesmos. Tal busca leva tempo, um tempo que permite a cada ser humano o repouso necessário para que seu melhor venha à superfície, como acontece com os vinhos que após certo tempo de repouso, manifestam um sabor que agrada muito mais ao paladar.
Se é uma verdade que não é difícil para um homem encontrar uma companheira hoje em dia, também é verdade que os encontros mais significativos não são tão comuns assim. 
Muito se ouve falar nas dificuldades que as mulheres têm em encontrar um parceiro, mas pouco se fala da dificuldade que muitos homens encontram também para encontrar parceiras que os façam ter força e desejo de enfrentar todas as dificuldades e desafios que fazem parte de um relacionamento.
Quando somos jovens todos temos a sensação de que encontraremos pessoas maravilhosas, nos apaixonaremos e viveremos lindas histórias de amor sempre que quisermos. 
A maturidade, no entanto, nos ensina, homens e mulheres, que os encontros mais profundos e significativos são raros. 
Muitas vezes, ao fim da vida, podemos contar nos dedos de uma única mão os relacionamentos amorosos que verdadeiramente tocaram nossa alma, as pessoas que de fato fizeram a diferença.
Para esses homens corajosos, que aprenderam a não temer a solidão e que desejam mais qualidade em seus vínculos, viver só torna-se uma etapa inevitável e por que não, prazerosa, de suas vidas. 
Talvez encontrem o que procuram, talvez não, essa é a verdade que muitos tentam evitar. 
Assim, que sejamos todos, homens e mulheres, capazes de seguir pela vida em paz, seguros da beleza de nossa própria companhia. 
Que façamos, desse encontro com nosso próprio ser, nosso porto seguro e nossa morada.
Que possamos permanecer abertos para os encontros significativos, sem a ansiedade e desespero que vejo na atitude de tantas pessoas. 
Sem que a busca de um relacionamento seja guiada pelo medo da solidão e sim pelo desejo lícito e válido de amar melhor.
Precisamos aprender a fazer as coisas sem pressa, a envelhecer como os mais deliciosos vinhos que, em seus barris de carvalho, não temem a solidão.
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mulheres Auspiciosas


Vejo ao meu redor muitas mulheres auspiciosas, lindas, cheias de vida, bem resolvidas, amorosas, inteligentes, interessantes... 
No entanto, apesar de tantas qualidades, algumas delas ainda encontram-se sob uma espécie de autocobrança: a obrigação de encontrar um parceiro.
Não me levem a mal, sem a intenção de dizer que elas agora tenham que viver sozinhas, abandonar o desejo de dividir suas vidas com alguém que as permitam expressar toda a sua feminilidade, o lado doce, suave, amoroso, materno. 
O que é nocivo, a meu ver, é essa cobrança absurda de que esse seja o único caminho considerado bem-sucedido. 
Anos se passaram, e algumas mulheres continuam com medo de ”ficar para titia”. 
Estar só, hoje em dia, não tem nada demais.
Mulher sozinha muitas vezes têm mais amigos, mais divertimento, mais estímulos, mais companhia e até mais sexo do que muitas que vivem um relacionamento estagnado. 
Quão mais felizes seriam algumas compreendessem isso, e perdessem esse medo que as assombra, de “terminar só”.
Muitas mulheres, tomadas por uma carência enorme e impactadas pela idéia de que não ter um homem ao seu lado seria uma espécie de fracasso, ainda acabam aceitando se relacionar com homens que as tratam como objeto e muitas vezes desrespeitosa. 
Outras, no entanto, estão buscando uma forma mais justa de se relacionar. 
São mulheres que tem conseguido ser fiéis a si mesmas, que desejam um relacionamento afetivo, “desde que esse seja saudável”. 
Buscam parceria, troca, honestidade, cumplicidade, parceiros maduros que assumam, ao seu lado, a responsabilidade de tornar o relacionamento um espaço de ajuda mútua e crescimento.
Muitas dessas mulheres estão sozinhas, pois têm se recusado a entrar em um relacionamento só para dizer que tem alguém. 
Percebo que cada vez mais que elas estão se dando conta disso. 
Já existem muitas vivendo vidas satisfatórias e felizes, elas se realizam profissionalmente, têm amigos, fazem o que gostam, desfrutam com alegria de seu tempo, perderam o medo do falso fantasma da solidão.
Algumas têm filhos de relacionamentos anteriores e vivem a maternidade de forma intensa e bela.
Com tanta riqueza de possibilidades, fico aqui torcendo para que elas sejam capazes de continuar sua caminhada, tornando-se mais conscientes, mais sábias e mais amorosas a cada passo. Que não abandonem a si mesmas.
Que saibam fazer escolhas baseadas no que lhes diz sua alma, e não nos mandamentos da sociedade que as aprisiona a papéis e instituições que muitas vezes roubam sua alegria.
Torço para que, caso exista dentro delas um desejo lícito e belo de amar e serem amadas, que não desistam dele.
E se em sua caminhada encontrarem alguém que seja merecedor e com quem queiram compartilhar essa mágica viagem, que possam abrir espaço em suas vidas para esse companheiro.
Se não, que sigam de cabeça erguida, desfrutando de cada passo, aprendendo que é possível viver bem na sua própria companhia, confiantes de que o importante é que tenham a si mesmas, sempre, até o final.

Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11/11/11 - Às vezes você tem que esquecer o que quer, para começar a entender o que merece.

- Uma pessoa sente-se atraída por outra e vai em sua direção. 
Mas se a outra corresponde, deixa de ser interessante.
Ou talvez você já tenha ouvido, ou dito, frases assim:
- Eu só me interesso por pessoas quando elas não se mostram muito interessadas em mim.
- Quando alguém mostra gostar muito de mim, perco o interesse
O que seria dos filmes e novelas da Globo sem essa inspiração para seus roteiros? 
O que seria dos dramas e músicas de dor-de-cotovelo? 
O que seria dos jogos que as pessoas inventam para manipular umas às outras?
No cinema pode até ser interessante, mas na vida real não existe nada mais triste. 
Essa característica das pessoas as obriga sempre a viver a frustração do desencontro, as aprisiona em um deserto solitário, onde o que motiva os movimentos é a ilusão do oásis que nunca pode ser alcançado.
Existem ao menos alguns motivos que levam as pessoas a agirem assim.
Rejeitar quem nos quer e desejar quem não nos quer, é uma forma imatura e infantil de relacionamento. 
Ora, em nossa imaturidade desejamos ter aquilo que idealizamos. 
Acredito que essa seja a base da paixão. 
Desejar aquela pessoa mágica e encantadora, sobre-humana, perfeita, que nos aceite incondicionalmente e supra todas as nossas faltas e carências, que nos complete, que nos faça sentir “um”. 
É claro que sabemos, racionalmente, que isso não existe.
Mas aqueles que querem viver apaixonados negam essa realidade. Quando veem alguém ao longe, como se a pessoa fosse uma tela em branco sem contornos, projetam nela tudo o que gostariam de encontrar.
Isso funciona desde que a pessoa esteja longe ou inacessível. 
A distância permite que eu continue a acreditar que aquela pessoa é exatamente como imaginei. 
Se ela se aproxima, se ganhamos intimidade, eu começo a enxergar suas formas reais, muitas vezes diferentes do que eu tinha imaginado, então eu a rejeito.
- Não quero a pessoa real, de carne e osso... 
Quero aquilo que criei em minha mente, quero a pessoa inventada. E para manter a pessoa inventada nunca posso ter a pessoa real...
E assim se escrevem roteiros e mais roteiros de amores platônicos por pessoas inacessíveis, Romeus e Julietas, e histórias nas quais abandonamos quem mais nos ama, pois não suportamos a proximidade nua e crua que o amor nos traz.
No final não é o amor do outro que não suportamos, e sim a percepção de nossa própria incapacidade de amar. É preferível viver só, na ilusão de que um dia encontraremos o amor perfeito, do que aceitar que nosso coração é que ficou congelado e não é capaz de suportar uma relação real. 
Pode ser duro ouvir isso, mas não há possibilidade de se criar uma vida afetiva saudável sem que se encare esse assunto de frente e com coragem.
Outro aspecto contido nesse círculo vicioso que nos leva a rejeitarmos quem de fato nos ama é a nossa baixa autoestima. 
Ora, se não gostamos de verdade de nós mesmos, se não achamos que somos pessoas bacanas, se negamos nosso valor... 
Com certeza não iremos valorizar quem gosta de nós.
- Se ela gosta de mim que sou "uma droga" é por que deve ser "uma droga" também - é mais ou menos assim que funciona.
Se nos amássemos de verdade, se nos considerássemos brilhantes como pedras preciosas, admiraríamos aquela pessoa que nos quer ter, admiraríamos sua capacidade de enxergar nosso brilho em meio a tanta escuridão e a veríamos brilhante também. 
E assim, como consequência dessa consciência mais elevada, nos permitiríamos esse encontro que pode ser tão profundo e transformador. 
E nos permitiríamos simplesmente viver o amor, o amor real, de carne e osso, qualidades e virtudes, imperfeito, mas verdadeiro, que não é feito de duas metades que se completam e sim da linda dança de dois seres inteiros que se apoiam e ajudam a crescer mutuamente.
O encontro amoroso sem medos, de braços abertos, coração com coração, um peito colado no outro numa entrega mútua não é para todos, acreditem. 
Há que se ter maturidade, coragem e uma boa dose de amor próprio para que ele se torne real.
Às vezes você tem que esquecer o que quer, para começar  a entender o que merece.
Tadeu Silva (Copyright 2011 - Todos os direitos reservados)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

1/11/11 - P.e.r.f.e.i.ç.ã.o

Se antes as pessoas suportavam coisas demais em nome do amor, até mais do que deveriam, mais do que seria saudável; hoje nada suportam. 
Basta uma palavra aparentemente inadequada ou mal colocada, um gesto mal cuidado, um erro, uma roupa desencontrada, um sapato mais brilhante do que supostamente deveria ser, e o outro já é descartado. 
Não se aceita nada menos do que a perfeição. 
Para desistirmos de alguém basta perceber que esse alguém é de carne e osso e que, além de alegria, sente também tristeza; basta descobrir que o outro, como qualquer ser humano, tem problemas, dificuldades, se afastando do ideal de perfeição tão cuidadosamente traçado. 
Hoje em dia descartamos as pessoas como se faz com brinquedos estragados em uma linha de produção. 
Queremos que tudo seja rápido e absolutamente perfeito. 
Não há mais espaço para a conquista sadia, para o caminho de conhecimento mútuo que acontece aos poucos, para a parceria, para a construção conjunta. 
Queremos o produto acabado e sem defeitos. 
Não há espaço para que o amor possa acontecer. 
As avaliações são superficiais, afinal não temos tempo a perder. 
- Ou serve ou não serve! 
E se achamos, após algumas horas e um tanto de impressões superficiais, que aquela pessoa não serve, a jogamos fora, como fazemos com os arquivos da lixeira de nosso computador. 
Apertamos a tecla "Del" e seguimos em frente sem nem mesmo olhar para trás, muitas vezes deixando um rastro desastroso por nosso caminho. 
Não é de se estranhar ver tanta gente sozinha. 
Cada vez mais aumenta o número de pessoas insatisfeitas no amor. 
São homens e mulheres, em sua maioria gente bacana, tentando encontrar alguém com quem possam compartilhar o que tem de melhor. 
Mas, como uma ironia do destino, mesmo quando duas pessoas bacanas se encontram, acabam não tendo tempo de perceber isso. 
Estragam as coisas antes mesmo que as coisas tenham tempo de existir. 
A pressa, a ansiedade, a falta de paciência, são como uma foice, cortando o brotinho que ingenuamente se dispunha a crescer. 
Por que fazemos isso? 
Creio que nunca estivemos tão assustados como agora. 
Temos medo. Não apenas do outro, mas temos medo de nós mesmos, medo de não sermos capazes de atingir a perfeição autoexigida. 
Temos medo de que, ao entrarmos em um relacionamento, enxerguemos no outro (que é como um espelho gigante), as nossas próprias imperfeições. 
E para não quebrarmos essa ilusão de que somos perfeitos, nos mantemos longe dos espelhos, longe dos relacionamentos. 
É preferível acreditar que o problema está no outro. 
É o outro que está gordo demais, ou é inteligente de menos, ou usa roupas feias, ou cheira a mel estragado, ou sei lá o que mais formos capazes de inventar. 
Tudo para nos afastar da possibilidade de olhar para nossas próprias falhas e feridas. Se o amor não é perfeito, muito menos somos nós. 
Só quando aceitarmos a nós mesmos exatamente como somos, essa linda somatória de qualidades e defeitos, seremos capazes de abrir nosso coração para uma pessoa de verdade, de carne e osso, dessas que nem sempre combinam com as páginas de revistas ou personagens românticos de filmes e novelas. 
Enquanto isso, continuamos trancados, fechados para o amor, atropelando as pessoas bacanas que tanto queremos encontrar, sem nem mesmo perceber a nossa responsabilidade no rastro de destroços que deixamos para trás.
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados) 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tocando o Barco...

Imagine a seguinte situação. 
Você esteja flutuando em meio ao oceano, completamente só, sem salva-vidas, sem um barco, sem bússola, sem avistar qualquer sinal de terra por perto. 
Você está simplesmente lá, sentindo-se só e vulnerável. 
Então um barco se aproxima. 
Você vê, presa ao mastro, uma estranha bandeira com aquela caveira assustadora que costuma 
aparecer nos navios piratas. 
As pessoas a bordo lhe parecem meio estranhas, mas o barco se aproxima oferecendo ajuda, para resgatar você. 
O que você faria? 
Agora vamos tentar outra possibilidade. 
Você está cruzando o oceano em seu próprio barco, munido de GPS, abastecido com frutas e água doce, rodeado de amigos e pessoas queridas, quando vê aquele mesmo barco tentando se aproximar. 
O que você faria? 
Agora pense em sua vida. 
Como você se sente na vida? 
Nadando só em meio ao oceano? 
Ou confortavelmente fazendo uma viagem em seu próprio barco? 
Já construiu uma base que lhe dê segurança? 
Tem seus próprios amigos? 
Tem um trabalho que lhe garanta sustento? 
Tem seus próprios interesses e sabe para onde quer ir? 
Ou está sozinho, infeliz no trabalho, perdido, sem rumo, sem nem mesmo saber bem do que gosta ou não? 
Dependendo da sua resposta eu poderia lhe dizer, com uma boa dose de acerto, se você possui ou não predisposição para se envolver em relacionamentos abusivos. 
Uma pessoa que tenha construído para si uma boa base, que tenha uma estrutura firme, terá muito menos chances de estabelecer relacionamentos não saudáveis do que aquelas que seguem pela vida à busca de alguém que as salvem de sua horrível existência. 
Uma pessoa que tenha criado para si uma vida saudável, não aceitará menos do que um relacionamento saudável. 
Ora, se pode ficar bem sozinho, por que ficaria em uma relação que lhe faz mal? 
Mas quando as pessoas não possuem uma estrutura social, financeira e emocional que as sustente, ficam vulneráveis a aceitar situações em que sejam tratadas de forma desrespeitosa, indigna e muitas vezes agressiva. 
Como se não lhes restasse alternativa, como se não tivessem escolha. 
Aceitar ou morrer. 
Ceder ou ser jogada aos tubarões! 
Uma relação nessas bases é marcada pelo medo e pela dependência, não é difícil enxergar isso quando olhamos de fora e com atenção. 
Assim, antes de buscar um relacionamento, dê uma boa olhada em sua vida. 
Entenda que um relacionamento não pode ser a tábua de salvação para uma vida infeliz. 
Sua vida e o que quer que esteja acontecendo com ela é responsabilidade sua. 
Se você tem estado à espera que alguém apareça para salva-lo, cuidado! 
Nem São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis, poderá ajudar. 
Arregace as mangas e comece agora mesmo a curar sua própria vida. 
Procure conhecer melhor a si mesmo. 
Rodeie-se de pessoas que admire, invista nas amizades. 
Estruture sua vida profissional. 
Fortaleça a si mesmo. 
Só assim seus relacionamentos terão espaço para ser vividos como deve ser, com leveza, respeito e uma verdadeira parceria. 
Quer saber? 
Antes de procurar um namorado ou namorada, compre seu próprio barco!
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sábado, 8 de outubro de 2011

Aceitação...

Há momentos na vida, onde tudo parece estar perfeito, maravilhoso, melhor que o sonhado. 
 Muitos desses momentos têm continuidade e nos permitem experimentar esta sensação de alegria profunda e realização, outros não. 
 Alguns desses momentos são subitamente interrompidos por causas inesperadas, fatos inusitados e circunstâncias inimagináveis. 
Há circunstâncias na vida onde não possuímos controle ou possibilidade de interferência ao ponto de mudar os resultados: resta-nos não como consolo, mas como atitude inteligente e digna o exercício da aceitação.
Dentro das principais opções que temos para enfrentar o sofrimento estão: o desespero, a raiva, a indiferença, a mágoa, a ira, a revolta, a depressão, a alienação e a aceitação. 
A única que não agrava nossos problemas e possui efeitos benéficos é a aceitação. 
O exercício da aceitação é tanto mais fácil e possível quanto maior for o nosso grau de consciência, maturidade e espiritualização. 
Aceitar é ser verdadeiramente humilde diante dos fatos inevitáveis e das circunstâncias imutáveis. A humildade nos faz reconhecer o limite das nossas possibilidades diante do universo ao nosso redor. Aceitação não é comodismo ou fuga, o ato da aceitação equivale a envolver com amor profundo os fatos que não podemos alterar e encará-los como circunstâncias a serem vivenciadas e vencidas para o fortalecimento do nosso ser. 
Diante dessas situações, seja forte. A verdadeira força reside nas capacidades de aceitação e de recomeçar. 
Compreender as coisas, nem sempre diminui a dor e o sofrimento, mas nos permite optar por enfrentar a dor e o sofrimento com inteligência, dignidade e resignação. 
Seja qual for a dor que te aflige, opte por enfrentar o sofrimento pela via da aceitação: a dignidade desse caminho lhe fornecerá as forças para renascer e recomeçar e assim como a mitológica ave Fênix, você renascerá das próprias cinzas (do sofrimento que vem lhe consumindo). 
Viver é renascer e recomeçar a cada dia, como repetia com profundo amor Chico Xavier: 
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". 
Por mais difícil que seja este momento, ele não é o fim. 
 Acredite, pode até parecer, mas não é o fim. 
Pratique a humildade, aceite a realidade e recomece, recomece sempre... 
Quanto mais cedo você exercitar a aceitação, mais cedo começará a ser feliz... 
Seja forte!
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amor & Trabalho


Nos dias de hoje, está muito difícil arranjar um trabalho. Vivemos uma verdadeira crise em que poucos conseguem trabalhar, garantir uma vida estável e serem felizes e realizados com o trabalho. 
Peraí! 
Vamos trocar a palavra trabalho pela palavra amor nesse pedacinho de texto aí em cima?! Olha só: nos dias de hoje está muito difícil arranjar um amor. Vivemos uma verdadeira crise em que poucos conseguem amar, garantir uma vida estável e ser feliz e realizado com o amor. Viram só?! Trocando a palavra trabalho pela palavra amor, tudo continuou fazendo sentido e o principal: continuou sendo verdade!
Creio que agora comece, assim como eu, a achar que as pessoas escolhem seus amores da mesma forma que escolhem os seus trabalhos, tornando possível que meça, da mesma forma, as chances de ser feliz no amor e também no trabalho.
Vamos ao que interessa: o modo de medir as suas chances de ser feliz no trabalho e no amor é baseado em uma "nova" técnica, que analisa a sua escolha pelo trabalho ou pelo amor contrabalanceando-a com as possibilidades de felicidade e realização ao longo do tempo. Por isso, o destaque será dado ao motivo pelo qual escolheu seu trabalho ou seu amor e logo em seguida teremos as explicações. Peço que leia e pense tanto no seu trabalho como no seu amor e veja as semelhanças entre eles.
Para que faça a escolha certa e meça suas chances de felicidade no trabalho e no amor:
“Para não ficar parado”: se a sua escolha foi feita só “para não ficar parado”, ali, jogado, sem fazer nada, esqueça o alcance da felicidade! No início vai ficar todo empolgado, mas com o tempo vai começar a achar defeito em tudo, vai ficar estressado e vai largar aquilo rapidinho. Além disso, fazendo sua escolha só “para não ficar parado” vai viver trocando de emprego e de amor como quem troca de roupa e o pior, sempre insatisfeito.
Remuneração financeira: se a sua escolha foi feita só pelo dinheiro que poderá ganhar, pelos restaurantes caros que poderá frequentar, pelas viagens que poderá fazer e tudo mais que o dinheiro pode proporcionar, lembre-se: “dinheiro não compra felicidade”. Você vai viver em um teatro, não será feliz de verdade e deixará tudo para trás quando encontrar algo que lhe traga mais dinheiro ainda.
Beleza/Status social: se sua escolha foi feita só porque é bonito e você viverá se gabando do que tem e será invejado pelo seu círculo social, sinto lhe informar, mas “beleza não põe mesa”. Além disso, não é só porque seus amigos acham linda, sua família acha linda, e até seus inimigos acham linda e alcança assim um status social altíssimo que será feliz. Entretanto, com tanta gente te “apoiando” terá grandes chances de conseguir fingir que é feliz! Só é uma pena que sempre aparecerá algo mais bonito, mais atrativo e que desperte mais interesse e aí: se prepare para constantes trocas na tentativa de agradar os que estão a sua volta.
“A pessoa mais feliz do mundo”: se sua escolha foi feita porque você, mesmo conhecendo tudo de verdade, sabendo os prós e os contras, ainda assim se sente a pessoa mais feliz do mundo nos momentos em que está com o seu amor ou no seu trabalho, terá, enfim, a chance de se tornar de fato a pessoa mais feliz do mundo. Mesmo que tenha que ficar um longo tempo “parado”, e saiba que quando conseguir não terá uma alta remuneração financeira, que também nem é tão bonito assim e que teus amigos não vão achar aquilo tão lindo assim, será feliz “na doença e na saúde, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe” .
Conclusão: Amar, gostar, sentir tesão, paixão, desejo ou como quiser classificar seu sentimento por alguém que conheceu numa noite e que te mostra somente o que tem de bom é muito fácil. Como dizia vovó: “quando você quer pegar galinha você não fala xô não”, você chama ela bonitinha e depois que você mostra as garras e quebra o pescoço dela. E é assim né?! Com duas, três semanas, a pessoa mostra quem é de verdade e ai verá que aquela princesa ou príncipe encantado não é tudo aquilo e vai partir para outra.
Tente apenas seguir esse pequeno, válido, profundo e esperançoso manual quando for fazer a sua próxima escolha. Até para que você não fique passando de mão em mão por aí amigo! Hoje vai ser ótimo sair por aí curtindo aqui, curtindo ali, mas o tempo vai passar e se não tiver construído algo sólido você nunca vai ter sua “aposentadoria garantida” e chegará uma hora em que não terá a mesma força para trabalhar e nem a mesma carinha bonitinha para sair pegando todo mundo.
Sei que está pensando: é difícil encontrar um amor bom, mas quem disse que arranjar emprego, opa, amor hoje em dia tá fácil?!
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

domingo, 21 de agosto de 2011

Someone like you

Não quero uma pessoa que me faça sorrir sempre, basta não me fazer chorar.
Não quero uma pessoa que me dê motivo para fugir, quero uma pessoa que me convença a ficar.
Não quero uma pessoa que me dê presentes, quero uma pessoa que se a dê a mim de verdade.
Não quero uma pessoa sem dúvidas, quero uma pessoa com a única certeza de que merece ser feliz.
Não quero uma pessoa sofisticada, quero uma pessoa com a simplicidade de um sorriso.
Não quero uma pessoa bonita, quero uma pessoa que não me faça precisar apelar para a beleza física como razão para amar.
Não quero uma pessoa perfeita, quero uma pessoa que complete os meus defeitos.
Não quero uma pessoa que me ame tanto quanto eu a amo, é suficiente que me permita amar.
Não quero uma pessoa sem problemas, quero que juntos sejamos a solução.
Não quero uma pessoa vazia, quero uma pessoa com a alma linda e repleta de botões, que eu ainda espero desabrochar.
Quero uma pessoa que me ensine a não usar tantos "que". Mas se for para me procurar só quando precisar, peço apenas que precise de mim a todo momento.
Não quero qualquer uma, quero uma pessoa como você.
Não sei nem se é porque você realmente é isso tudo, mas é assim que você me fez te ver.
Quem sabe um dia você possa se ver com os meus olhos e saber o quanto pode ser amada, amada por ser uma pessoa, uma pessoa como você...
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

domingo, 24 de julho de 2011

O segredo é não correr atrás das borboletas, deixe que as borboletas virão até você.

Você corre, corre, corre atrás de um sonho.
Quando você menos espera o sonho está correndo atrás de você.
Será que podemos encontrar a felicidade da maneira que estamos procurando?
Será que só seremos felizes se encontrarmos aquela pessoa que detalhadamente criamos e fantasiamos em nossa mente?
Dia após dia, percorremos por caminhos infinitos em busca da tal felicidade, reclamamos se algo não saiu do jeito que nós planejamos e vamos seguindo, caminhando… 
Caminhando… 
Caminhando… 
Mas para onde?
Buscando o quê?
Mário Quintana nos ensina uma lição quando diz:
(…)“O segredo não é correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim pra que elas venham até você. No final das contas você vai encontrar não quem estava procurando, mais quem estava procurando por você!
A felicidade é igual a uma borboleta:
Quanto mais você corre atrás, mais ela foge…
Daí um dia você se distrai e ela pousa em seu ombro!”.
É isso, precisamos nos valorizar mais, acreditar mais em nosso potencial, saber esperar com paciência e não comprometer os acontecimentos naturais de nossas vidas.
Vamos sossegar e dar mais valor às coisas que estão a nossa volta.
Isso não quer dizer que devemos ficar acomodados, mais sim lutar sem grandes ansiedades, que acabarão por nos levar às frustrações.
Cuide bem de seu jardim, ele deve sempre estar livre de mágoas, ansiedades, frustrações e insatisfações…
Prepare o seu jardim para que fique florido, sendo sempre uma pessoa compreensiva e com bom astral.
Esteja aberto sempre a tudo que é novo e quem sabe a borboleta poderá lhe fazer uma visita.
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tostines, vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais.

Teria que começar com um dos slogans mais famosos do Brasil para exemplificar sobre o esse texto, mas foi na escola que uma vez um professor me explicou que tudo que existe no universo é circular: o cosmo, as células, o tempo e os acontecimentos, havendo constantes movimentos e diferentes velocidades. 
A vida é cheia de ciclos que podem ser: virtuosos ou viciosos.
Nos ciclos virtuosos recebemos um gesto de amor e bondade, e retribuímos com outro gesto de amor e bondade.
Nos ciclos viciosos recebemos (ou, julgamos receber) um gesto de inimizade (indiferença, ofensa, deboche, acusação) e retribuímos com igual ou maior intensidade.
Esse ciclo vicioso quase sempre se fecha, por causa da maldade da natureza humana.
A reação natural é sempre a de responder as ofensas à altura, dar o troco na mesma moeda, retribuir com a mesma ou maior intensidade.
Mas só em relação às coisas más.
No mais das vezes não somos capazes de retribuir uma bondade com outra bondade.
Por isso, na maior parte dos casos, o ciclo vicioso se fecha com a nossa incapacidade de retribuir gestos de amor e bondade.
Quer dizer: praticamos um ato de amor e bondade e não recebemos a retribuição que julgamos cabível, por isso, frustrados, desapontados, desiludidos, deixamos de praticar (ou continuar praticando) atos de amor e bondade.
O ciclo virtuoso quase sempre não se fecha, mas quem é espiritual não se importa com isso. Continua fazendo o bem, coisas boas, por causa de sua bondade, misericórdia e outras qualidades divinas.
Não sei se estou conseguindo ser claro o suficiente, por isso vou explicar de outra forma: a do poço e da fonte (mina, olho d'água). 
Ambos tem água. 
Mas o poço só dá, só fornece água para quem vai busca-la.
A fonte, não! 
Ela dá, oferta, oferece, distribui a sua água sem ser necessário pedir.
E não é porque não recebe retribuição nenhuma que deixa de continuar distribuindo, oferecendo, ofertando, jorrando a sua água.
Entende?
Poços são pessoas que precisam de um gesto de amor bondade para que possam retribuir.
A figura do poço é também adequada por outro motivo: não é qualquer um, e nem qualquer balde que pode usado para se tirar água de um poço.
Quem já teve que tirar água de poço sabe do que estou falando.
Do mesmo modo, não é qualquer gesto de amor e bondade que faz o poço retribuir um gesto de amor e bondade.
Vivemos ciclos em nossas vidas que estamos sempre superando-os ou arrastando-os conosco.
Então, temos o poder de transformar os ciclos viciosos em virtuosos, entretanto cada tem dentro de si a resposta.
Porém a
 escolha é nossa de qual ciclo escolher...
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Você conhece a pessoa que quer conquistar?

Estar interessado em alguem pressupõe um mínimo conhecimento dessa pessoa.
Ninguém acredita num amor declarado após um primeiro encontro.
Portanto, a primeira questão a ser colocada é: quanto você realmente conhece e gosta da pessoa que quer conquistar?
As pessoas em geral percebem quando você está realmente interessado(a) e quando está aflito(a) para suprir suas carências afetivas e pessoais.
Portanto, tenha paciência para que a pessoa possa se revelar e conhecer você aos poucos.
Todo mundo fica inseguro num início de relacionamento e, às vezes, por medo de perder ou de levar um fora, promete o que não pode dar, fala de sentimentos que ainda não estão claros ou dá presentes para impressionar.
Errado!
As primeiras trocas afetivas devem ser, sobretudo, discretas e equilibradas.
Nunca dê muito mais do que recebe, seja afetiva ou materialmente.
Saber ouvir o parceiro é uma das qualidades essenciais na fase da paquera.
É através da escuta que você conhece quem está com você.
Não só a escuta explícita das palavras, mas tambem a observação do que a pessoa fala e de como ela age.
Algumas pessoas dão um valor excessivo ao que é dito verbalmente e acabam se desapontando muito. 
O famoso "eu te ligo" pode significar o oposto se não vier acompanhado de uma sensação interna que o encontro teve bons momentos.
Outro erro muito comum são as cobranças feitas precipitadamente. 
As pessoas que estão se envolvendo afetivamento têm experiências passadas diferentes e, portanto, tempos diferentes para tomar resoluções.
Falta de paciência denota imaturidade para construir um relacionamento e mantê-lo (Não confundir impaciência, com falta de atitude).
Nem todo relacionamento que começa bem evolui bem; nem todos os casais que namoram foram feitos um para o outro.
É importante as pessoas perceberem quando não vale a pena insistir em algo que gera mais conflito do que prazer e saber interromper um vínculo sem sair muito machucado.
A pessoa muito ferida em um relacionamento pode carregar sua dor para os próximos e inviabilizá-los.
Finalmente, pode-se conquistar uma grande pessoa, mas não queira conquistar a "alma gêmea" e sim a pessoa na mesma "fase gêmea" que a sua, pois um grande amor é construido a dois, aos poucos, com muita sensibilidade, responsabilidade, generosidade e criatividade de ambas as partes.
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

sábado, 18 de junho de 2011

Amor em "quarentena"...

Tenho que admitir que, nos últimos dias, fui acometido por uma absoluta e total falta de criatividade... 
Acho que estou "curado" rs... 
Voltei para falar sobre a busca desenfreada do amor.
Tudo bem que queremos encontrar alguém para dar mais cor e calor aos nossos dias, tudo bem querer um tanto de emoção que nos tire desse tedioso e às vezes insosso dia a dia. Mas é preciso sabedoria até mesmo para se apaixonar.
A paixão, por definição, é uma força arrebatadora que nos arrasta de supetão, nos rouba a razão e turva a nossa visão. 
Essa tão desejada paixão nos deixa nus, frágeis e cegos.
- Por que haveríamos de desejar algo assim? penso eu.
Ah, mas com ela vem a alegria grande, que brota como chuva de fogos de artifício, cheia de vida e emoção, que faz nosso coração bater mais forte e o mundo ganhar cores que nunca tínhamos visto antes, assim é a paixão.
Se você levou a tal flechada, talvez acabe parando de ler este texto por aqui. Apaixonados não gostam muito de avaliar as coisas, tomados que estão por essa deliciosa onda de sentimentos. 
Mas se você está em um período de entresafra de paixões, quem sabe possa seguir comigo um pouco mais.
A maturidade nos faz perceber que é muito importante que, em um início de relacionamento, mesmo tomados por essa força avassaladora, não percamos a capacidade de observar e raciocinar.
Eu sei, parece difícil, quase impossível, que razão e paixão convivam, mas a maturidade nos traz habilidades que antes seriam impensáveis.
Apaixone-se sim, se assim o quiser.
Salte.
Mas mantenha os olhos abertos. 
Olhe para a pessoa a seu lado e queira de fato vê-la!
Não negue a realidade para adequá-la ao seu desejo infantil de que tudo seja perfeito.
Nada é perfeito.
Ninguém é perfeito.
Quando observamos uma pessoa, por inteira, reconhecendo suas qualidades, tanto as positivas quanto as negativas, quando olhamos de fato para quem aquela pessoa é, nos tornamos mais seguros em nossas escolhas.
Muito mais seguros do que estaríamos ao fazer uma escolha com uma venda nos olhos.
Isso é o que fazemos quando nos apaixonamos: de olhos vendados, escolhemos uma pessoa para seguir conosco. 
E um dia, lá na frente, quando menos esperamos, a venda cai de nosso olhos e levamos um susto.
- Quem é você? - perguntamos ao ser à nossa frente, tão diferente do que tínhamos imaginado.
E se você tinha imaginado um lindo pavão a seu lado, com penas azul celeste e verde esmeralda, acredite, não é fácil dar de cara com uma galinha de angola de papo enrugado!
Assim acontece quando a paixão se vai, sim, pois um dia a venda cai, queiramos ou não.
Para evitar esse momento constrangedor, faça o exercício de tentar conhecer a outra pessoa, mesmo ao se apaixonar.
Tente observar suas atitudes, seus valores, olhe com atenção.
Entenda que você ainda não conhece de fato aquela pessoa, mesmo que ela lhe pareça absolutamente perfeita, mesmo que todos os seus átomos gritem que aquela é a sua alma gêmea.
Duvide de si mesmo.
Siga em frente, mas coloque aquele relacionamento “na quarentena” e observe o máximo que puder. 
Ao menos saiba que você está momentaneamente cego e não se apresse em definir nada.
O tal cupido, como uma criança arteira, gosta de desferir suas flechadas, mas depois sai de mansinho, nas pontas dos pés, pense nisso.
Dê a si mesmo tempo para que sua visão volte a funcionar.
Aos poucos aquele relacionamento vai acabar se aproximando do mundo real.
Aí sim, com os pés no chão e a visão recuperada, será o momento sábio para decidir sua vida.


Tadeu Silva ( Copyright 2011 Todos os direitos reservados) 

terça-feira, 14 de junho de 2011

La peur do l'amour...

"Às vezes sinto saudades de um mundo onde o amor seja maior que o medo.
Onde as pessoas sejam confiantes e verdadeiras, ajudem-se mutuamente, tratem-se com generosidade e compaixão.
Não que não existam pessoas assim, é claro que existem, são as pedras preciosas que brilham aqui e ali no decorrer de nossa caminhada, mas imagine se todas as pessoas fossem assim, imagine poder andar por aí sem tantas defesas, confiando nas pessoas, aberto e desarmado.
Seria bom, não?
Ah, mas sabemos que as coisas não são bem assim. Hoje em dia ninguém quer arriscar se machucar. Mais do que isso, ninguém quer ser feito de bobo, ninguém quer se enganado, ferido, humilhado.
E todos temos medo, um medo pegajoso que sussurra maldosamente em nossos ouvidos que provavelmente seremos feridos se assim o permitirmos.
Um certo cuidado é mesmo necessário, não podemos simplesmente confiar em qualquer pessoa. Mas será que não podemos mais confiar em ninguém?!!
Acho triste pensar assim, acho triste termos sempre que esconder o nosso melhor, vivermos como se fossemos reféns do medo, circundados por altas torres que nos separam dos verdes campos onde borboletas beijam flores.
Veja os relacionamentos, por exemplo.
É tão comum ver as pessoas desconfiando, medindo palavras, evitando se mostrar, dando-se na medida de um conta gotas.
A grande verdade é que temos medo de amar. Medo de abrir o coração, de confiar, de acreditar que possamos construir relações que incluam respeito e companheirismo. Seja uma relação amorosa, ou de amizade, se você prestar atenção perceberá que uma boa dose de medo está sempre por lá. Ficamos escondidos atrás das portas em nossos relacionamentos, perto da saída, um pezinho sempre pronto a pular fora, esperando o momento em que fatalmente seremos traídos, feridos, enganados, aviltados.
Confiar é coisa para descuidados, é assim que pensamos, cada vez mais.
E aumentamos a espessura dos muros de nossas torres pessoais.
Pense por um momento no amor. Amor requer entrega.
Mas se não confiamos, se tememos, se nos enclausuramos... como podemos nos entregar?
Se o tempo todo esperamos pela punhalada fatal, como relaxar? Como abrir o peito? Como amar?
Cabe aqui a cada um decidir com que intensidade quer viver a própria vida.
É possível viver uma vida mais segura, mais controlada, com menos riscos, claro que é. Seria como alguém que decide viver sempre nos arredores da cidade onde nasceu.
Essa pessoa já conhece os vizinhos, já sabe como tudo funciona, já explorou as redondezas. Sente certa paz e segurança em sua vida contida dentro do que pode ser controlado.
Não há grandes surpresas, não há grandes desafios, apenas uma sequência de dias comuns, um tranquilo desenrolar de uma vida quase previsível.
Há quem seja feliz assim.
Mas existem aqueles que têm nas veias o sangue dos antigos descobridores de novas terras, dos aventureiros, ou daqueles que transgrediram o usual em busca de algo maior, dos que criaram novos movimentos dentro das artes, das ciências e de tantos campos da vida humana. Algo neles não permite que se conformem com a limitada tranqüilidade do conhecido, algo neles sente-se atraído pelos mistérios que os rodeiam.
Esses são os que correm riscos, os que ultrapassam os limites aparentemente seguros do usual. São os que ousam uma nova forma de expressão, os que se lançam em direção ao desconhecido, mesmo sem garantias do que irão encontrar. São os que vivem com mais intensidade.
São os que se lançam nas profundezas de escuras cavernas em busca de tesouros.
Se os encontrarão ou não, não posso afirmar, embora acredite que tenham mais chances, afinal para encontrar um tesouro temos que ter certa ousadia.
Não se vê tesouros na superfície por onde todos andam, em geral os tesouros requerem certa dose de coragem e profundidade para serem encontrados!
Grandes conquistas são reservadas aos que arriscam se aprofundar.
Pense nisso quando pensar no amor.
A escolha é sua. Se não quiser arriscar, você pode viver um amor pequeno. Pode continuar escondido atrás de seus medos, evitando grandes riscos, pode viver com um pezinho para fora da relação, evitando se machucar.
Mas se você deseja viver um amor maior, ah... então terá que ousar!
Terá que lutar contra o medo que congela metade de seu coração, terá que abrir mão de tanto cuidado, aceitar certa dose de aventura em sua vida, enfrentar cavernas, desafiar dragões, confiar na força da sua espada, lutar pelo que quer de peito aberto.
Terá que confiar em si mesmo, na sua capacidade de vencer suas próprias limitações.
Não espere que, entregando a chave de sua vida ao medo, receba a visita de uma estrela brilhante.
O céu e suas pérolas de luz são reservados aos corajosos."


Ps.: Desculpe-me a falta de inspiração, mas esse texto traduz muito o meu pensamento. Desconheço autoria.