domingo, 1 de julho de 2012

U2 - One...


Is it getting better?
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now?
You got someone to blame(...)

Emoção!!!
Todas as vezes que escuto essa música é esse sentimento que invade a minha mente, alma e coração desde aquela tarde de sábado em 1992 quando One passou a fazer a minha vida.
No primeiro momento senti amor à primeira vista, o começo.
Segundo, a sensação de estar vivendo algo que possui um significado que transcende o físico, o meio.
Terceiro, que essa música seria o tema da minha vida, o fim.
Para entender os “porquês” do poder que essa música exerce sobre as algumas pessoas vou contar um pouco da história e suas interpretações:
No contexto temporal One situa-se na época pós a unificação das duas Alemanhas oriental e ocidental após 28 anos da construção do muro de Berlim, (Um dos motivos da decisão de gravar o primeiro vídeo de One). Demonstrando o sentido maior da música a União. Onde Bob Hewson, pai de Bono, aparece no vídeo, o que dá suporte a história de ser uma canção sobre relacionamento de pai e filho, que se fortaleceu com a descoberta que o pai estava com câncer. O que se justifica no final do segundo vídeo a seguinte frase: Smell The Flowers While You Can - "Sinta o perfume das flores enquanto você pode".
One com certeza tem uma importância vital para a longevidade da banda.
A letra foi composta durante a produção do clássico Achtung Baby, onde eles quase se separam e acabariam com a banda, pois não achavam um caminho e cada um queria ir pra um lado. 

Então, The Edge soltou aquele o solo de guitarra e Bono fez a letra baseado no momento que estavam vivendo. 
O que fez de One ser uma das músicas mais importantes da carreira do U2, pois fez selar a PAZ e Amizade entre os quatro garotos de Dublin novamente.
Mas muitos pensam que essa música é romântica entre um casal, pode até ser, mas nem tanto. 

Mas pode ser na visão de que a essa música é como uma reposta de uma pessoa que foi rejeitada e agora tem o que queria tanto antes, mas demonstrando a dor da necessidade do outro e as dificuldades dessa relação a dois.
É é uma canção que trata de sentimentos contraditórios, duas pessoas que não estão se dando muito bem, o pai e o filho hiv, um povo em guerra, cara e coroa, etc)
Onde os opostos se desentendem, mas não podem se separar por algum motivo, restando apenas a reflexão e compreensão de que se essa dupla não pode se separar elas devem carregar uma a outra, tolerar, aprender e assim seguir a vida...
Além disso, um comentário do diretor do video relacionando também à Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo são Um). 

Também, todos os integrantes do U2 aparecem em algum momento do clipe, vestidos de mulher, dando a idéia de um casal, homem e mulher são um.
One é uma música que não fala de união, mas da força para se continuar a trabalhar em prol de alguém, ou de alguma causa.
Mas é uma canção sobre união, mas não a velha idéia hippie de “vamos todos viver juntos”. 
É, de fato, o oposto. 
Nós somos um (ser), mas não somos os mesmos. 
Não está dizendo que temos de ficar juntos, mas sim, continuar juntos nesse mundo se é para continuarmos vivos... ou seja, quase um lembrete: não temos escolha!
Mas é uma musica muito poderosa e bela onde fala sobre o amor, relações terminadas, reconciliações, usos e abusos de pessoas...

Seguem os três clipes e suas versões para quem ainda não conhece: 
Studio version 
Bar version
Buffalo version
Concluindo, se eu pudesse escolher uma única música para escutar até o fim da minha vida com certeza seria One....


Texto escrito em julho de 2008 que seria parte de um livro: U2 By You Too.
Tadeu Silva (Copyright 2012 Todos os direitos reservados)   

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Fim....

Procura-se viva ou sentindo minha falta, alguém que um dia amei. 
Alguém que um dia se foi... 
Procura-se o fim. 
Procura-se e recompensa-se porque é dele, do fim, a culpa de cada letra de música, roteiro de filme, texto de blog... e também o peso da saudade que eu carrego. 
O fim. 
O fim de semana para suportar a semana inteira no trabalho. 
O fim da refeição para vir a sobremesa, para tolerar cada coisa que a gente não gosta, mas engole para ser saudável. 
O fim do ano para a garantida ilusão do fim do que não está bom e de mais uma dose do que está bem. 
E com o amor? 
O fim do amor para vir a saudade? 
O fim da saudade para vir o amor? 
Ou o fim da dor para ir a saudade e chegar outro amor? 
Enquanto tento responder eu penso que não é o fim que dói é a impossibilidade de voltar ao começo, de revisitar o meio, de poder reviver só por um dia aquilo que era vida e hoje se reduziu a lembrança. 
Lembrança é bom quando traz esperança, não saudade, pode anotar isso aí. Aproveita e anota também como era quem amei, desenha cada traço dela, faz um retrato falado e escreve que há recompensa. 
Eu recompenso fazendo feliz, sendo feliz, será que basta? 
Pode ser que não. 
Não, não venha me dizer que já é hora de esquecer, não tem relógio para o que a gente sente e para muitas coisas sempre fui pontual, mas não sei se a pontualidade cabe nesse caso. 
Desenhe aí o rosto da pessoa mais linda do mundo e escreva "te procura alguém que te amou sem motivo". 
Sem motivo, e quando é sem motivo a gente fica sem razão para deixar de gostar. 
O melhor motivo para amar alguém é simplesmente não saber o motivo ou não ter motivos para não amar. 
Poderia te explicar cada pedaço dela, cada detalhe do rosto, cada traço da boca, dos olhos, mas a verdade é que eu não sei mais como ela está. 
Pode ser que a pessoa que eu conheci e procuro seja completamente diferente da pessoa que hoje existe. 
Não vai dar certo pendurar um retrato falado, procurando alguém que amei e não sei como achar, dando ilusão à saudade ao invés de pôr nela um fim. Faça, então, o seguinte, desenhe a mim, me reproduza nesta folha com exatidão. 
Vou colocar junto uma foto minha antiga para ela se lembrar de mim e, se ainda me amar, ter como me procurar e me encontrar. 
Faça esse desenho e disfarce em seu rabisco qualquer tristeza que eu carregue, senão quando ela me ver não vai me reconhecer, eu vou ficar tão feliz quando ela voltar que se me pôr como estou agora na figura, vai pensar que não sou eu. 
Promete que procura por mim e entrega a ela o meu retrato para se ela, um dia, resolver me procurar. 
Melhor assim, sem forçar, deixando livre. 
É que talvez, no fundo, eu nunca deixe de esperar, mas aceite ela não vir. 
E se não me procurar que venha logo o fim, o fim. 
Pois nem sempre que termina acaba, compreende? 
Mas venha o fim se quem amei não vier. 
Tudo tem fim, até o fim, por isso, assim, com o fim do fim a gente pode recomeçar e dar um jeito de tratar de ser feliz. 
Procura-se...

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Felicidade...



"Uma coisa que eu aprendi, não dá pra esperar que as coisas deem certo, você tem que ir atrás da felicidade!!! 
Porque ela está ali parada, se você não agarrá-la com toda força ela vai embora. 
A felicidade não costuma ter muita atitude. 
É difícil, inicialmente parece que não vai passar mais, que nunca mais ela vai voltar, mas volta.  
De forma diferente.
Mas tudo é saber reconhecê-la"

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Amor conjugal...



"O grande rei dos persas, Ciro, durante uma de suas campanhas guerreiras, dominou o exército da Líbia e aprisionou um príncipe.
Levado à presença do conquistador ajoelhou-se perante ele o príncipe, e assim também os seus filhos e sua esposa. Os soldados vencedores, os generais da batalha, ministros e toda uma corte se juntou para tomar conhecimento da sentença real.
O rei persa coçou o queixo, olhou longamente para aquela família à sua frente, à espera de sua decisão e perguntou ao nobre pai de família:
Se eu te disser que te concederei a liberdade, o que poderias me oferecer em troca?
Rapidamente respondeu o prisioneiro:
Metade do meu reino.
Ciro continuou, paciente, a interrogar:
E se eu te oferecer a liberdade dos teus filhos, que me darás?
Ainda rápido, tornou a responder: A outra metade do meu reino.
Calmo, o conquistador lhe lançou a terceira pergunta:
E o que me darás, então, em troca da vida de tua esposa?
O príncipe sentiu o coração pulsar rapidamente no peito, parecendo arrebentar a musculatura. O sangue lhe subiu ao rosto, as pernas fraquejaram.
Reconhecia que, no anseio da liberdade dos seus, tinha oferecido tudo, sem se recordar da companheira de tantos anos, sua esposa e mãe dos seus filhos.
Foi só um momento mas, para todos, pareceu uma eternidade. Um sussurro crescente tomou conta do ambiente, pois cada qual ficou a imaginar o que faria agora o vencido.
Após aquele momento fugaz, ele tornou a erguer a cabeça e com voz firme, clara, que ressoou em todo o salão, disse:
Alteza, entrego a mim mesmo pela liberdade de minha esposa.
O grande rei ficou surpreso com a resposta e decidiu conceder a liberdade para toda a família.
De retorno para casa, o príncipe tomou da mão da esposa, beijou-a com carinho e lhe perguntou se ela havia observado como era serena e altiva a fisionomia do monarca persa.
Não, disse ela. Não observei. Durante todo o tempo os meus olhos ficaram fixos naquele que estava disposto a dar a sua própria vida pela minha liberdade.
* * *
Para quem ama, não há limites na doação.
Quando dois seres se amam verdadeiramente dão origem a outras vidas e as alimentam, enquanto eles mesmos um ao outro sustentam, na jornada dos dissabores e das lutas.
O amor conjugal é, dentre as formas de amor, um dos exercícios do amor que requer respeito, paciência e dedicação. Solidifica-se através dos anos. E tanto mais se aprofunda quanto mais intensas se fazem as lutas e as conquistas de vitórias.
Para os que se amam profundamente não há lutas impossíveis, não existem batalhas que não possam ser vencidas.
* * *
Em todos os departamentos do Universo existe a mensagem do amor, que é o estágio mais elevado do sentimento.
O homem somente atinge a plenitude quando ama.
Por isso, o importante é amar, mesmo que não se receba a recíproca do ser amado. O que é essencial é amar, sem solicitação." 


pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco

terça-feira, 24 de abril de 2012

O Tempo...


"Um autor desconhecido escreveu certa vez que a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros sentimentos habitavam uma pequena ilha. Certo dia, foram avisados que essa ilha seria inundada.
Preocupado, o amor cuidou para que todos os outros se salvassem, falando:
Fujam todos, a ilha vai ser inundada.
Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente. Só o amor não teve pressa. Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda.
Para a riqueza apavorada, ele pediu: Riqueza, leve-me com você.
Ao que ela respondeu: Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você.
Passou então a vaidade e ele disse: Dona Vaidade, leve-me com você...
Sinto muito, mas você vai sujar meu barco.
Em seguida, veio a tristeza e o amor suplicou: Senhora Tristeza, posso ir com você?
Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela.
Então passou um barquinho, onde remava um senhor idoso, e ele disse:
Sobe, amor, que eu te levo.
O amor ficou tão feliz, que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho.
Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria:
Dona Sabedoria, quem era o senhor que me amparou?
Ela respondeu: O tempo.
O tempo? Mas por que ele me trouxe aqui?
Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.

* * *

Dentre todos os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos.
É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas.
É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso.
É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência, quando o passo já se faz mais lento.
É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios.
O tempo é, enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz.
E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre.

* * *

Neste mundo, tudo tem a sua hora. 
Cada coisa tem o seu tempo.
Há o tempo de nascer e o tempo de morrer. 
Tempo de plantar e de colher. 
Tempo de derrubar e de construir.
Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar. 
Tempo de chorar e de sorrir. 
Tempo de espalhar pedras e de juntá-las.
Tempo de abraçar e de se afastar.
Há tempo de calar e de falar. 
Há o tempo de guerra e o tempo de paz. 
Mas sempre é tempo de amar."

sábado, 31 de março de 2012

Felicidade...




"Se a felicidade já foi possível para você um dia, então, ser feliz agora também o é.
Se a felicidade vai ser possível no futuro, também é possível ser feliz agora.
Seja feliz com a pessoa que você é hoje.
Não, você ainda não é quem gostaria de ser.
Mesmo assim você tem todas as chances de se tornar a pessoa que quer ser.
Você gostaria de perder a aventura de alcançar todo seu potencial?
Claro que não!
Seja feliz por ter ainda muito a conquistar, pois é nesse processo que se experimenta a riqueza da vida.
Se você ainda não tem certeza de qual caminho sua vida deve seguir, fique feliz por ter tantas possibilidades e divirta-se explorando-as.
Se você está cheio de problemas e responsabilidades, fique feliz por ter a possibilidade de fazer diferente e fortaleça-se ultrapassando os obstáculos.
Nada pode impedir você de ser feliz.
NINGUÉM PODE AFASTAR VOCÊ DA FELICIDADE a não ser você mesmo.
Seja feliz agora mesmo, porque você tem todos os motivos para isso."

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Brilho eterno de uma mente sem lembranças...


Ontem revi um filme mágico em sua essência, mas que trata com uma certa lógica extremamente real sobre relacionamentos. 
Um sujeito de gorro e ar de quem largou a escola no segundo ano do ensino médio está num ônibus, rabiscando um caderno. 
Uma garota bonitinha, com os cabelos pintados de azul, diz oi para ele. 
Vem sentar perto, pergunta o que ele está fazendo. 
Eles conversam um pouco. 
A garota é engraçada, vívida, e não demora a dizer algo muito inconveniente para o rapaz. Pede desculpa, é desculpada. 
Diz outra barbaridade e a coisa fica por isso mesmo. 
Ela se sente, a partir de então, autorizada a dizer qualquer coisa abusiva que lhe passar pela cabeça sem ter de pedir desculpas depois.
Além de abusada, a garota é um poço de narcisismo. 
E, como todo narcisista que se preze, tem uma inesgotável curiosidade a seu próprio respeito. 
Dá uma deixa para que o rapaz diga que ela é o máximo. 
Ele morde a isca e diz, sim, você parece ser uma pessoa muito bacana. 
Ela o contesta, dizendo que na verdade ela não é bacana, mas, sim, uma louca, uma megera vingativa. (Se uma mulher lhe disser que é uma megera vingativa, não duvide. E, de preferência, saia correndo rs...)
No dia seguinte o rapaz lhe oferece carona, ela aceita e, chegando em casa, o convida para entrar. 
Prepara duas bebidas, os dois ficam sentados na sala, o papo não engrena, então ela comenta, você é meio quieto, não? 
Ele diz que a vida dele não é muito interessante, por isso ele não costuma ter muito o que dizer. 
Ela vem se sentar ao lado dele. 
Eles começam a namorar.
Alguns meses se passam. 
São três horas da manhã e o rapaz está sentado numa poltrona, mão apoiada na testa, ar aborrecido. 
A garota chega, vindo da rua. Está bêbada, se joga num sofá e diz que bateu o carro. Apesar de o carro ser dele, ele não a repreende por isso. 
Limita-se a dizer que ela vai acabar se matando e matando alguém se insistir em dirigir alcoolizada. 
Ela lhe devolve uma provocação: você só está bravo porque acha que eu estava por aí  com outro. 
Ele diz: sim, é verdade, acho mesmo, não é exatamente isso que você sempre faz para que as pessoas gostem de você? 
A garota se ofende, pega suas trouxas e vai embora. 
E ele, claro, corre atrás dela, implorando perdão.
O que leva um sujeito a ser tão condescendente e tão servil em relação a uma mulherzinha tão insuportável? 
O problema de Jim Carrey no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” é a imensa escassez e precariedade em que vive. 
Ele é um zé-ninguém sem qualquer chance de ser redimido. 
Ao levar o fora de Kate Winslet, sabe que enfrentará uma seca braba, que não será tão cedo que irá aparecer, se é que vai aparecer, outra garota tão bonitinha e tão gostosinha em seu pedaço. 
Daí seu desespero. Se ele fosse rico, ou pelo menos um jovem profissional bem sucedido (ou, vá lá, se ele não fosse tão mané, tão fair play, tão resignadamente entregue às baratas), não faltaria mulher para encher sua bola. 
E Kate seria esquecida sem que ele precisasse se submeter àquele brain damage maluco do filme.
Falei em dinheiro, mas não quis dizer com isso que mulheres são interesseiras. (A maioria não é, de fato) 
Eu simplesmente sei, por experiência própria, que é imprudente um homem se envolver com uma mulher estando tão desguarnecido, não só com também financeiramente. 
Afinal, relações amorosas são, entre outras coisas, exercícios de equilíbrio de poder. 
Se falta dinheiro, não pode faltar a um homem, de jeito nenhum, a tal da atitude. (Por falar em atitude, lembrei daquele deplorável personagem do Plínio Marcos, em Navalha da Carne: “Sou Vadinho, cafifa escolado, judio das mulheres para elas gamarem”.) 
Talvez o Jim Carrey tenha aprendido, depois de tanto sofrimento, que a ternura é incapaz de segurar a onda de uma relação. 
Que o amor, por si só, dá conta de muito, muito pouco.

Tadeu Silva ( 2012 Todos os direitos reservados )

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Entrelinhas...

Há as palavras que você escreve por amor, há o amor que escreve as palavras por você, há a realidade que revisa o que ambos escreveram. 
Nas linhas das suas palavras, ela te ama, ela te espera, ela te cuida, ela te sabe. 
Nas linhas do amor, se ela ainda não ama ela amará, se ela ainda não chega ela chegará, se ela ainda não cuida ela cuidará, e se ela ainda não sabe ela saberá. 
Mas entre fantasias e otimismo, entre amores e vontades, entre palavras, frases e fases, em meio a esperanças e medos, a realidade surge e te lembra que amor não se faz de um. 
Nas linhas da realidade, se perde um pouco o que você sonhava e aparece apenas o que de fato se fez. 
A realidade é um revisor severo das palavras de amor, sem se importar com quem as escreveu ou inspirou. 
As linhas da verdade, são, na verdade, linhas de uma vida sem paixão. 
Só que a vida quando se perde a paixão é como um texto após passar pelas mãos de um revisor: tudo fica objetivo, mais claro e correto, e pode até ficar melhor, mas nunca mais fica igual a antes, muito menos do jeito que você queria. 
E ninguém entende melhor de um texto do que o próprio autor, ninguém entende melhor de uma paixão do que quem a sente. 
Ponto final, na versão sua, na versão do amor, na versão real.


Tadeu Silva ( Copyright 2012 Todos os direitos reservados )



A Lei da Pequena Covardia...

Outro dia eu tive vontade de ligar para uma moça.
Seria um telefonema simples, daqueles que a gente dá para pessoas próximas.
Algum comentário sobre como foi o dia, o trabalho, que livro está lendo?
Se eu tive vontade de ligar?
Claro!!!
Vocês devem se perguntar por que não liguei?
A moça é legal.
Eu sou legal e provavelmente ela gostaria de receber um telefonema para saber como foi o dia dela.
Só que eu não liguei.
Por um motivo simples.
A gente não pode perguntar como foi o dia para quem ainda não é nem tão íntimo assim, pois ela não é namorada, affair, ficante, é apenas uma pessoa especial que dá vontade de conhecer melhor...
Essa é uma espécie de lei do mundo que eu não sei por que foi inventada.
Será preciso um tempo para poder perguntar como foi o dia? 
Já que é uma coisa tão do bem.
Do fundo da minha pequena covardia, pensei que ela poderia achar que fosse carente, louco, stalker e esses outros adjetivos que usa para justificar a pura covardia.
Mas para transgredir a lei da pequena covardia, é necessário que por maior que seja a vontade de inviolar a caixa da "amizade", é o desejo de transpor o intangível e correr o melhor risco dos últimos tempos.
E eu e a moça perdemos a chance de ter para quem contar como foi o nosso dia.
Uma pena!


Tadeu Silva ( Copyright 2012 Todos os direitos reservados )

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Guia de Sobrevivência do Homem Bonzinho

Este guia surgiu de uma conversa com uma grande amiga ímpar e especial, de onde veio a ideia de falar sobre um assunto que estava inacabado nos rascunhos do blog. 
É difícil estabelecer um guia, porque não sabemos ao certo quais eventos podem ocorrer, se alguns ou se todos ao mesmo tempo. 
A única coisa que podemos fazer é elaborar pequenos planos para acontecimentos prováveis rs... 
Homem bonzinho sofre!!! O problema é que muitas mulheres acham que todo homem bonzinho é sinônimo de homem trouxa. 
Não posso negar que de fato existem bonzinhos do tipo: “vacilão”, porém também existem aqueles que devem ser amados e respeitados, senão as chances deles se tornarem “cachorrão” são grandes, e depois haja reclamação. 

1) Para você não cair na armadilha de ser um bonzinho trouxa e conquistar a aquela moça que você acha que vale a pena, seguem algumas instruções: 
Nunca, jamais em hipótese alguma chegue perto de uma “piriguete”.
Piriguete é uma mutação do ser feminino que deve ser eliminado. 
É um parasita humano que suga do provedor, no caso você, o máximo que puder e depois sai fora, então melhor nem perder tempo com esse tipo.

Na balada:


2) Se voce tiver coragem o suficiente de elogiar uma mulher, faça somente uma vez. Homem bonzinho mostra interesse, mas ficar elogiando toda hora da a impressão de que você ou está desesperado, ou esta caidinho por ela... 
Ora o jogo está começando agora e você já está entregando suas cartas? Resista a tentação de elogiar o tempo todo.


3) Pagando a conta ou bebida? 
Depende, se você convidou a mulher pra ir pra balada com você o certo é pagar. 
Agora se a sua intenção é impressionar a mulherada você corre o risco de gastar uma grana e ainda voltar pra casa sozinho, pois existem mulheres espertinhas que tiram tudo do homem: sua dignidade, sua moral e seu dinheiro.
Lembrando mais uma vez: ficar pagando bebida para um monte de mulheres que você nunca viu na vida atrai piriguetes e oportunistas, o primeiro passo para passar de bonzinho a trouxa. 
A questão não é ser "pão duro" ou falta de cavalheirismo e gentileza, a questão é caso conheça uma mulher na balada e não pague a conta dela, você é bonzinho, e não é banco.

4) Se rolou o beijo você ficou de ligar, ligue e convide para sair de novo se achar que vale a pena, se ela não puder diga: “então quando puder me liga”. Pronto você já deu o primeiro passo, se ela quiser ligar de volta, se não quiser era porque não estava afim, melhor partir para outra. 
Ficar correndo atrás nesse momento faz você ser trouxa. 

No primeiro “encontro”:

5) Se você convidou sua obrigação é pagar a conta. No entanto escolha um lugar que esteja nas suas possibilidades, um lugar legal e agradável, peça um vinho “básico” ao invés de um caro, ou então vá ao cinema. 
Pode ser até mais audacioso e levá-la em um cachorro quente, afinal, diversão não tem que ser caro concorda? 
Se ela aceitar você assim, sem ser “rico” as chances de arrumar uma namorada descente é grande, se ela for piriguete dessa saída ela não passa.

6) Deixe-a falar, mas assunto de ex e relacionamento passado é PROIBIDO. Você é bonzinho, mas não é psicólogo e nem melhor amigo (se virar amigo aí já era). 
Então seja educado, fale que passado é passado, mas que realmente você não entende como conversar sobre fantasmas do passado podem acrescentar o momento presente. 
Se ela continuar é porque não está preparada para um relacionamento, então melhor você pular fora enquanto pode. 

No dia seguinte se rolou beijo:

7) Agradeça pelo encontro (Nada de flores, bombons, chocolate... etc, deixe isso para quando estiver namorando). 
Pode até ligar, mas o ideal seria apenas uma mensagem de texto, breve e curta, assim ela responde quando puder e você não corre o risco de ligar em uma hora inconveniente. 
Depois da mensagem não deixa a ansiedade por tudo a perder, espere um pouco para entrar em contato para outra saída. (repita passo 5 e 6).

No dia seguinte se não rolou o beijo:

8) Mande uma mensagem agradecendo encontro, fale que você a acha especial e que foi uma pena que não rolou nem um beijo, parece meio ridículo por mensagem, mas é mais fácil do que levar fora pessoalmente! 
Se ela ficar enrolando e vier com papinho de que é cedo, etc... Seja rápido!!! Ela não está afim de você. 

9) Controle a ansiedade, resista, não ligue, não mande flores, mensagem ou coisa parecida. 
Esse lance de virar amigo é coisa de homem trouxa e não de homem bonzinho. 

10) Saia de casa, conheça outras pessoas através de amigos (as) e comece tudo novamente. 
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."


Bônus) Uma mulher nunca vai ter dar moral caso você não se valorize, mesmo sendo um Homem Bonzinho.

Tadeu Silva ( Copyright 2012 Todos os direitos reservados)