sexta-feira, 24 de junho de 2011

Você conhece a pessoa que quer conquistar?

Estar interessado em alguem pressupõe um mínimo conhecimento dessa pessoa.
Ninguém acredita num amor declarado após um primeiro encontro.
Portanto, a primeira questão a ser colocada é: quanto você realmente conhece e gosta da pessoa que quer conquistar?
As pessoas em geral percebem quando você está realmente interessado(a) e quando está aflito(a) para suprir suas carências afetivas e pessoais.
Portanto, tenha paciência para que a pessoa possa se revelar e conhecer você aos poucos.
Todo mundo fica inseguro num início de relacionamento e, às vezes, por medo de perder ou de levar um fora, promete o que não pode dar, fala de sentimentos que ainda não estão claros ou dá presentes para impressionar.
Errado!
As primeiras trocas afetivas devem ser, sobretudo, discretas e equilibradas.
Nunca dê muito mais do que recebe, seja afetiva ou materialmente.
Saber ouvir o parceiro é uma das qualidades essenciais na fase da paquera.
É através da escuta que você conhece quem está com você.
Não só a escuta explícita das palavras, mas tambem a observação do que a pessoa fala e de como ela age.
Algumas pessoas dão um valor excessivo ao que é dito verbalmente e acabam se desapontando muito. 
O famoso "eu te ligo" pode significar o oposto se não vier acompanhado de uma sensação interna que o encontro teve bons momentos.
Outro erro muito comum são as cobranças feitas precipitadamente. 
As pessoas que estão se envolvendo afetivamento têm experiências passadas diferentes e, portanto, tempos diferentes para tomar resoluções.
Falta de paciência denota imaturidade para construir um relacionamento e mantê-lo (Não confundir impaciência, com falta de atitude).
Nem todo relacionamento que começa bem evolui bem; nem todos os casais que namoram foram feitos um para o outro.
É importante as pessoas perceberem quando não vale a pena insistir em algo que gera mais conflito do que prazer e saber interromper um vínculo sem sair muito machucado.
A pessoa muito ferida em um relacionamento pode carregar sua dor para os próximos e inviabilizá-los.
Finalmente, pode-se conquistar uma grande pessoa, mas não queira conquistar a "alma gêmea" e sim a pessoa na mesma "fase gêmea" que a sua, pois um grande amor é construido a dois, aos poucos, com muita sensibilidade, responsabilidade, generosidade e criatividade de ambas as partes.
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)

sábado, 18 de junho de 2011

Amor em "quarentena"...

Tenho que admitir que, nos últimos dias, fui acometido por uma absoluta e total falta de criatividade... 
Acho que estou "curado" rs... 
Voltei para falar sobre a busca desenfreada do amor.
Tudo bem que queremos encontrar alguém para dar mais cor e calor aos nossos dias, tudo bem querer um tanto de emoção que nos tire desse tedioso e às vezes insosso dia a dia. Mas é preciso sabedoria até mesmo para se apaixonar.
A paixão, por definição, é uma força arrebatadora que nos arrasta de supetão, nos rouba a razão e turva a nossa visão. 
Essa tão desejada paixão nos deixa nus, frágeis e cegos.
- Por que haveríamos de desejar algo assim? penso eu.
Ah, mas com ela vem a alegria grande, que brota como chuva de fogos de artifício, cheia de vida e emoção, que faz nosso coração bater mais forte e o mundo ganhar cores que nunca tínhamos visto antes, assim é a paixão.
Se você levou a tal flechada, talvez acabe parando de ler este texto por aqui. Apaixonados não gostam muito de avaliar as coisas, tomados que estão por essa deliciosa onda de sentimentos. 
Mas se você está em um período de entresafra de paixões, quem sabe possa seguir comigo um pouco mais.
A maturidade nos faz perceber que é muito importante que, em um início de relacionamento, mesmo tomados por essa força avassaladora, não percamos a capacidade de observar e raciocinar.
Eu sei, parece difícil, quase impossível, que razão e paixão convivam, mas a maturidade nos traz habilidades que antes seriam impensáveis.
Apaixone-se sim, se assim o quiser.
Salte.
Mas mantenha os olhos abertos. 
Olhe para a pessoa a seu lado e queira de fato vê-la!
Não negue a realidade para adequá-la ao seu desejo infantil de que tudo seja perfeito.
Nada é perfeito.
Ninguém é perfeito.
Quando observamos uma pessoa, por inteira, reconhecendo suas qualidades, tanto as positivas quanto as negativas, quando olhamos de fato para quem aquela pessoa é, nos tornamos mais seguros em nossas escolhas.
Muito mais seguros do que estaríamos ao fazer uma escolha com uma venda nos olhos.
Isso é o que fazemos quando nos apaixonamos: de olhos vendados, escolhemos uma pessoa para seguir conosco. 
E um dia, lá na frente, quando menos esperamos, a venda cai de nosso olhos e levamos um susto.
- Quem é você? - perguntamos ao ser à nossa frente, tão diferente do que tínhamos imaginado.
E se você tinha imaginado um lindo pavão a seu lado, com penas azul celeste e verde esmeralda, acredite, não é fácil dar de cara com uma galinha de angola de papo enrugado!
Assim acontece quando a paixão se vai, sim, pois um dia a venda cai, queiramos ou não.
Para evitar esse momento constrangedor, faça o exercício de tentar conhecer a outra pessoa, mesmo ao se apaixonar.
Tente observar suas atitudes, seus valores, olhe com atenção.
Entenda que você ainda não conhece de fato aquela pessoa, mesmo que ela lhe pareça absolutamente perfeita, mesmo que todos os seus átomos gritem que aquela é a sua alma gêmea.
Duvide de si mesmo.
Siga em frente, mas coloque aquele relacionamento “na quarentena” e observe o máximo que puder. 
Ao menos saiba que você está momentaneamente cego e não se apresse em definir nada.
O tal cupido, como uma criança arteira, gosta de desferir suas flechadas, mas depois sai de mansinho, nas pontas dos pés, pense nisso.
Dê a si mesmo tempo para que sua visão volte a funcionar.
Aos poucos aquele relacionamento vai acabar se aproximando do mundo real.
Aí sim, com os pés no chão e a visão recuperada, será o momento sábio para decidir sua vida.


Tadeu Silva ( Copyright 2011 Todos os direitos reservados) 

terça-feira, 14 de junho de 2011

La peur do l'amour...

"Às vezes sinto saudades de um mundo onde o amor seja maior que o medo.
Onde as pessoas sejam confiantes e verdadeiras, ajudem-se mutuamente, tratem-se com generosidade e compaixão.
Não que não existam pessoas assim, é claro que existem, são as pedras preciosas que brilham aqui e ali no decorrer de nossa caminhada, mas imagine se todas as pessoas fossem assim, imagine poder andar por aí sem tantas defesas, confiando nas pessoas, aberto e desarmado.
Seria bom, não?
Ah, mas sabemos que as coisas não são bem assim. Hoje em dia ninguém quer arriscar se machucar. Mais do que isso, ninguém quer ser feito de bobo, ninguém quer se enganado, ferido, humilhado.
E todos temos medo, um medo pegajoso que sussurra maldosamente em nossos ouvidos que provavelmente seremos feridos se assim o permitirmos.
Um certo cuidado é mesmo necessário, não podemos simplesmente confiar em qualquer pessoa. Mas será que não podemos mais confiar em ninguém?!!
Acho triste pensar assim, acho triste termos sempre que esconder o nosso melhor, vivermos como se fossemos reféns do medo, circundados por altas torres que nos separam dos verdes campos onde borboletas beijam flores.
Veja os relacionamentos, por exemplo.
É tão comum ver as pessoas desconfiando, medindo palavras, evitando se mostrar, dando-se na medida de um conta gotas.
A grande verdade é que temos medo de amar. Medo de abrir o coração, de confiar, de acreditar que possamos construir relações que incluam respeito e companheirismo. Seja uma relação amorosa, ou de amizade, se você prestar atenção perceberá que uma boa dose de medo está sempre por lá. Ficamos escondidos atrás das portas em nossos relacionamentos, perto da saída, um pezinho sempre pronto a pular fora, esperando o momento em que fatalmente seremos traídos, feridos, enganados, aviltados.
Confiar é coisa para descuidados, é assim que pensamos, cada vez mais.
E aumentamos a espessura dos muros de nossas torres pessoais.
Pense por um momento no amor. Amor requer entrega.
Mas se não confiamos, se tememos, se nos enclausuramos... como podemos nos entregar?
Se o tempo todo esperamos pela punhalada fatal, como relaxar? Como abrir o peito? Como amar?
Cabe aqui a cada um decidir com que intensidade quer viver a própria vida.
É possível viver uma vida mais segura, mais controlada, com menos riscos, claro que é. Seria como alguém que decide viver sempre nos arredores da cidade onde nasceu.
Essa pessoa já conhece os vizinhos, já sabe como tudo funciona, já explorou as redondezas. Sente certa paz e segurança em sua vida contida dentro do que pode ser controlado.
Não há grandes surpresas, não há grandes desafios, apenas uma sequência de dias comuns, um tranquilo desenrolar de uma vida quase previsível.
Há quem seja feliz assim.
Mas existem aqueles que têm nas veias o sangue dos antigos descobridores de novas terras, dos aventureiros, ou daqueles que transgrediram o usual em busca de algo maior, dos que criaram novos movimentos dentro das artes, das ciências e de tantos campos da vida humana. Algo neles não permite que se conformem com a limitada tranqüilidade do conhecido, algo neles sente-se atraído pelos mistérios que os rodeiam.
Esses são os que correm riscos, os que ultrapassam os limites aparentemente seguros do usual. São os que ousam uma nova forma de expressão, os que se lançam em direção ao desconhecido, mesmo sem garantias do que irão encontrar. São os que vivem com mais intensidade.
São os que se lançam nas profundezas de escuras cavernas em busca de tesouros.
Se os encontrarão ou não, não posso afirmar, embora acredite que tenham mais chances, afinal para encontrar um tesouro temos que ter certa ousadia.
Não se vê tesouros na superfície por onde todos andam, em geral os tesouros requerem certa dose de coragem e profundidade para serem encontrados!
Grandes conquistas são reservadas aos que arriscam se aprofundar.
Pense nisso quando pensar no amor.
A escolha é sua. Se não quiser arriscar, você pode viver um amor pequeno. Pode continuar escondido atrás de seus medos, evitando grandes riscos, pode viver com um pezinho para fora da relação, evitando se machucar.
Mas se você deseja viver um amor maior, ah... então terá que ousar!
Terá que lutar contra o medo que congela metade de seu coração, terá que abrir mão de tanto cuidado, aceitar certa dose de aventura em sua vida, enfrentar cavernas, desafiar dragões, confiar na força da sua espada, lutar pelo que quer de peito aberto.
Terá que confiar em si mesmo, na sua capacidade de vencer suas próprias limitações.
Não espere que, entregando a chave de sua vida ao medo, receba a visita de uma estrela brilhante.
O céu e suas pérolas de luz são reservados aos corajosos."


Ps.: Desculpe-me a falta de inspiração, mas esse texto traduz muito o meu pensamento. Desconheço autoria.