domingo, 29 de julho de 2007

Vida, história, tempo, problemas, alegrias, amores...


Dedico este texto a alguém que nunca entendeu o significado de uma cicatriz.


Vivemos ciclos em nossas vidas que estamos sempre superando-os ou arrastando-os conosco. Às vezes nos deparamos com fatos que nos marcam profundamente, são feridas abertas que teimam em não curar e que quando curam nos deixam cicatrizes que vão permanecer conosco até o final de nossos dias.
É como uma ferida profunda, demora a cicatrizar e passa por vários estágios.
O corte, o sangue, a dor, o curativo e a cicatriz.
Por vezes temos a impressão de que não vai sarar nunca, às vezes batemos nela sem querer e então a magoamos, e voltamos a sentir novamente aquela dor insuportável.
Nos sentimos assim diversas vezes.
As pessoas nos machucam, nos magoam, e achamos que nunca mais seremos os mesmos, que vamos sentir aquela dor para sempre, mas daí surgem novos acontecimentos, a vida segue o seu rumo e com o tempo aquela dor não some, mas diminui.
Não some porque faz parte da nossa história, não some por que já é uma parte de nós mesmos, não some porque foi necessário passar por isso, foi necessário sofrer para aprender, para discernir o bem do mau e o amor do ódio.
Não devemos evitar esse ciclo, todos têm que entender o que é sofrer.
Pode ser algo destruidor e avassalador, mas é importante passar por isso, traz aprendizado e tranqüilidade futura.
O que não devemos mesmo fazer é nos desesperar em relação aos problemas presentes, devemos tentar superá-los enquanto não for possível transpô-los, devemos ler e vivenciar a página inteira do livro de nossas vidas e não simplesmente folheá-la alheio a tudo o que ali podemos aprender.
Está doendo agora?
Vai doer mais ainda.
Você acha que nunca mais vai sentir algo assim?
Dê-se uma nova oportunidade e você verá do que a vida é capaz.
Ninguém jamais foi feliz somente abrindo as portas para a infelicidade.
O que passou foi bom, mas acabou.
Saiba virar a página sem traumas, sem medo.
Mas coloque um marcador nela, e sempre que sentir saudades volte lá e leia tudo novamente, não para deprimir-se, mas para entender que aquilo já fez parte da sua vida e para ter certeza de que é capaz de conviver com isso.
Tenha consigo uma única certeza, apesar de as cicatrizes ficarem estampadas em você, ela é apenas uma cicatriz, não mais uma ferida e não existe ferida que nunca sare.
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

Pé na bunda dói, mas sara!



Não há como ser morno no fim do que, um dia, chamamos de amor: mulheres soluçam publicamente, homens choramingam para os amigos depois do porre, mas todos sofrem.
No meio da festa ou trancado no banheiro.
Não importa: o negócio é que pé na bunda dói.
Depois de lermos ou ouvirmos aquelas palavras pesadas e desagradáveis, nos perguntamos, tentamos achar uma resposta convincente; mas como terminou?
Raramente o AMOR é derrubado com um tiro só, mais fácil que seja por pequenos detalhes que deixamos de lado e achamos que é bobeira dizemos que vai passar tudo isso é uma fase, mas demoramos a notar, tamanho o costume de estar ao lado da pessoa, tamanha a necessidade de manter as coisas como estão.
Nos acostumamos a tudo - cheiros, hábitos, barulhos, gírias -, ignoramos óbvios sinais de enfermidade.
Essa é a verdade, porque difícil pra caramba assumir o fracasso de algo que construímos como o cuidado com que ergueríamos um castelo de cartas.
Assistir à morte de um amor é como assinar embaixo em um atestado de incompetência: “Eu sou um fracassado sentimental”.
Mas então puseram palitinhos em nossos olhos e fomos forçados a ver o paciente agonizando na UTI. E o vimos morrer, sem termos tempo de fazer mais nada.
E ficamos ali, sofrendo como camelos, achando que nunca mais encontraremos a tampa da nossa panela.
Ou – os mais teimosos leoninos, arianos, librianos, sagitarianos etc... - tentamos ressuscitá-los e depois de um tempo (ou dois ou três tempos, depende do grau de insistência e burrice), percebemos que não sobrou nada mesmo.
Só algumas recordações, fotos, bichinhos de pelúcia...
Daí é a hora de lavar a cara, rever os amigos, freqüentar os lugares de antes e tentar encontrar alguém que te faça rir.
Game over.
Acho que estou ficando perito em fins.
Acho que já acompanhei e tive mais fins de relacionamento que começos.
Sou passional, daqueles que escrevem laudas e laudas em louvor da “falecida”, escuto milhares de vezes a mesma musica que marcou, que choro com a cara enfiada no travesseiro, fico triste. Curto a fossa até o fim, pra nunca mais ter que voltar ao assunto.
Pelo menos aquele assunto.
Não tenho problema nenhum em admitir que sofro.
E morro de pena dos que passam à vida fingindo não se afetar com nada, nem com a visão dela indo embora.
Então acho que está na hora de pararmos de achar de que homem não sofre, não fica deprê e não se comove com recordações, isto é se for um homem digno do substantivo, tenho certeza que já gastou pelo menos um pouco a sua cota de paspalhice emocional, já que ouviu piadinhas dos “amigos” quando estava cabisbaixo por causa da “falecida”.
Ficou feliz, como um cachorro que ganha um osso, quando ela te ligou, mandou mensagem no cel, msn, orkut etc...
Numa tentativa deseperada mandou flores tentando reaver algo que já não te pertencia mais, ou quem sabe, nunca pertenceu.
Parabéns!
Você viveu, e está aí, pra me dar razão pelo menos em uma coisa: pé na bunda dói pra burro – na testa (algumas vezes), na carne (a maioria) e na alma (quando foi muito especial) – mas sara.
Sempre.
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

Aqui e agora.



Gosto do pensamento essencial do zen-budismo que é mais ou menos assim: O passado já passou. Não importa mais.
Para que ficar pensando nele, para que se atormentar com o que já aconteceu?
O futuro ainda não existe. Para que se preocupar com ele, se não temos idéia de como será o amanhã? O que há de concreto é o presente.
O aqui e o agora.
Viver concentrado no presente, sem voltar inutilmente à mente para o passado nem encaminha-la também inutilmente para o futuro, é a parte da resposta para quem tentam livrar-se das aflições, ansiedades, amarguras que fazem parte da vida de todos nós.
Acho que esse jeito zen de ser teria muita utilidade na vida romântica.
Quanto tempo os casais não perdem em brigas e sofrimento por causa do passado e do futuro? Esse tempo desperdiçado poderia e deveria ser desfrutado alegremente se vivêssemos o presente, se nós focássemos em aproveitar.
Hoje você me ama e eu amo você, estamos muito felizes por ser assim.
Uma atitude baseada nesses pontos elementares traz a felicidade.
Mas o que acontece quase sempre é exatamente o oposto.
Recriminações e amarguras mútuas por coisas passadas. Preocupações muitas vezes neuróticas com um futuro que está apenas em nossa cabeça.
Então jogamos cruelmente no lixo que poderiam ser momentos de prazer.
E optamos, por força de uma mente que se agita como um cavalo selvagem, pelo sofrimento. Isso não é deliberado.
É involuntário.
Mas a dor é a mesma.
O que posso fazer para mudar? Não tenho a resposta precisa, somente alguma pista.
Talvez se diminuíssemos consideravelmente a nossa dor se procurássemos entender que tudo é impermanente.
Há tempo para nascer e outro para morrer. Há tempo para florescer e outro para decai.
Tudo que se ergue destrói.
Tudo passa.
A juventude, o vigor, o cargo, a carreira e o amor.
Isso é a impermanência.
Na tentativa desesperada de deter o que não pode ser detido, sofremos intensamente e em vão. É mais ou menos como segurar a água com as mãos.
Ela escorregará, quer você queira ou não.
Se compreendermos a impermanência e, ainda mais que isso, a aceitamos, estamos preparados para viver o aqui e agora no amor.
E em tudo mais.
O Amanhã?
Quem sabe?
E o que interessa?
Sobretudo: quem o controla?
Se não bastasse tudo isso, ele está tão distante, não é?
Amanhã você vai estar junto da pessoa que tanto ama hoje?
Você pode se atormentar com essa dúvida e estragar grandes momentos.
Ou pode apenas gozar o presente.
Experimentar a eternidade de um instante que se desvanecerá com a rapidez com que uma onda se desfaz ao chegar à beira do mar, mas cujo encanto perdurará num tocante poético desafio à impermanência.
O aqui e agora.
E então olho no espelho.
Vejo quantas coisas perdi, na minha vida amorosa, por estar preso ao passado e cheio de insegura ansiedade em relação ao futuro.
Tantas passagens que poderiam decorar gloriosamente as paredes de minha memória foram manchadas por minha capacidade de abraçar apenas o presente.
Tanta felicidade ao alcance dos meus dedos e, no entanto a opção cega pela dor, pelo medo, pelo rancor.
Sinto uma grande vontade de pedir desculpas a quem feri por não conseguir viver o aqui e agora.
Eu achava que sabia um pouco sobre o amor, pela minha vivência e pelas experiências dos que me circundam, e era um ignorante pretensioso.
Ainda sou.
Mas você só pode enfrentar a ignorância se primeiro reconhecer primeiro que é ignorante.
Reconheço.
A minha caminhada é longa e árdua.
Exige disciplina, exige esforço da mente, exige concentração.
Mas toda jornada começa pelo primeiro passo.

Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)


Miopia Amorosa.



Uma vez um amigo me disse o seguinte: “mantenha a distância de mulheres que usem muito a as palavras ‘eu’, ‘meu’, ‘minha’.
Prefira as que falam ‘nós’, ‘nosso’, ‘nossa’ ”.
Por muitas vezes não segui o conselho do meu amigo.
E nessas vezes todas me dei mal.
Topei com mulheres egocêntricas, egoístas, para as quais pouca coisa, se é que alguma, importava além delas mesmas.
Acredito que a advertência se aplicaria perfeitamente também para as mulheres.
Fujam dos homens que despejam pela boca “eu’, ‘meu’, ‘minha’ ”. Esse tema me veio à tona depois de rever um filme ‘Um Homem de Família’ com Nicolas Cage e Tea Leoni, principalmente quando ele fala o seguinte: “Eu escolho nós dois”. Putz! Que filme, fica a sugestão, mas voltando ao assunto.
A boa relação amorosa só é boa por que os dois pensam menos em seus interesses pessoais e mais no interesse de ambos.
Não estou aqui dizendo que se deve abdicar de suas vontades.
Quando você faz isso começa a morrer, perde a sua personalidade.
O que estou propondo é que se leve em consideração às vontades dos dois.
Você tem que doar algo no amor. E a mulher tem que doar algo a você.
O grande amor, amor verdadeiro, é essencialmente solidário e altruísta.
Imagine o conflito.
Ela quer dançar. Você quer ficar em casa vendo o teipe do jogo do Corinthians.
É uma situação absolutamente normal, Banal.
Ela se complica quando nem você consegue enxergar o desejo dela, nem ela o seu.
Os dois são, nesse caso, amorosamente míopes.
E não há nada, nem uma abrasadora química que leva a um sexo extasiante, que resista à miopia amorosa.
O míope amoroso só vê a si próprio. E depois, quando as coisas não dão certo, atribui toda a responsabilidade à outra parte.
Permissão para uma digressão? Obrigado!
O míope amoroso (homens e mulheres estão incluídos nessa categoria, evidentemente) jamais limita a sua miopia ao campo do amor.
Estende a todas as atividades.
No trabalho, o chefe é sempre um tirano injusto.
E o colega, na visão parcial e distorcida dele, está sempre pronto a puxar o seu tapete.
Quando um projeto fracassa, a culpa é jamais é do míope.
O míope amoroso é o míope profissional também.
O mundo o persegue é cruel.
Reconhecer uma mulher que só pensa nela mesma é fácil.
Ela pode ser esperta o bastante para não abusar do uso do ‘eu’, ‘meu’, ‘minha’.
Mas numa conversa, quando você estiver falando de suas coisas, os olhos dela rapidamente voarão para um ponto bem distante.
Ela não prestará atenção senão no que diz respeito a ela mesma.
A mulher de vista plena, em oposição ao míope, olhará fixamente nos olhos.
Ouvirá com devoção cada palavra que você disser, mesmo que não concorde com nada.
E depois será capaz de reproduzir suas vírgulas.
Os relacionamentos são sempre difíceis, sabemos todos nós.
Mas são simplesmente impossíveis quando a seu lado está uma míope amorosa.
Aí, por mais esforço que você dedique ao namoro, por mais empenho que tenha para que as coisas funcionem, se tratará de mais um triunfo da esperança sobre a experiência.
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

sábado, 28 de julho de 2007

Quem está preparado para amar?


Vontade de amar todos nós temos, mas quem está realmente preparado para isto?
Antigamente homens e mulheres não tinham muitas opções e por isto o grau de exigência era bem mais baixo.
Eram obrigados a estar dentro de um relacionamento, engoliam muitos sapos, aceitavam o destino de viver para sempre com uma pessoa, mesmo que a convivência fosse infernal, isso explica a durabilidade de alguns relacionamentos de gerações anteriores.
Mas agora tudo mudou, ficamos mais conscientes de nós mesmos, queremos mais.
Se antes o mais importante era o fato de estarmos comprometidos com alguém ou o tempo que durava o relacionamento, agora o que mais vale é a qualidade do encontro.
Questionamos as regras, a falta de liberdade, o jeito mecânico de se relacionar.
Não queremos mais nos sentir prisioneiros de relacionamentos complicados.
Descobrimos que o "felizes para sempre" era uma fraude.
Na realidade havia muita angústia, repressão e frustração.
A sensualidade e a aparência se tornaram referências de vida para muita gente.
E os que buscam o amor, aqueles que ainda querem um relacionamento com profundidade, não encontram condições para isto.
A sensação é que virou loteria achar alguém que tope se envolver de verdade.
Mas quem está preparado para tanto?
As pessoas tentam se encontrar, tentam se relacionar, mas estão bem desajeitadas.
O seu repertório de comunicação e o jeito de proceder ainda estão bastante impregnados dos conceitos antigos, que não são compatíveis com o momento atual e anulam qualquer boa vontade para amar.
Isso sem mencionar o medo de se entregar, com certeza todos já sofreram um dia por amor.
É preciso ter muita dignidade para assumir seus próprios erros, para sair da inércia, para progredir, apesar dos medos.
O comum é a falta de coragem e a acomodação.
O bonito é quando você arregaça as mangas e põe a mão na massa.
Você para de acusar os outros e concentra toda sua energia para melhorar a vida para ser feliz e assim estar preparado para amar.
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

Covardes sofrem por nada!


O covarde sofre o tempo inteiro.
Na maior parte das vezes, as razões do medo são infundadas.
É o preço cobrado pelo pânico constante é muito alto. O covarde compulsivo não dorme direito.
Não faz a digestão direito.
Têm freqüentes ataques de ansiedade.
Repito: quase sempre por nada.
O homem corajoso vive bem melhor.
Não se desgasta desnecessariamente no embate aos falsos problemas.
Quando os problemas são de verdade, os enfrenta.
Essa reflexão vale tanto para cada um de nós, homens e mulheres.
Em variadas situações.
Penso, especificamente, nas relações amorosas.
Quanto sofrimento inútil à covardia traz.
O covarde é assaltado constantemente por ciúmes sem fundamento entre outras coisas.
O homem corajoso faz o que se deve fazer numa relação amorosa. (Idem para a mulher corajosa).
Quem tem coragem consegue dar um dos passos mais difíceis que existem: TERMINAR, na hora certa uma relação que está prestes a se transformar em ruínas, a partir das quais se arma uma guerra de perdedores.
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

Quando se perde um Amor...


Você já amou? Já perdeu um amor?
É horrível, não? Você fica tão vulnerável.
O amor abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que qualquer um pode entrar e bagunçar tudo.
Você ergue todas estas defesas. Constrói essa armadura inteira, durante anos, para que nada possa lhe causar mal.
Aí uma pessoa qualquer, entra em sua vida.
Você dá a essa pessoa um pedaço seu, e ela nem pediu.
Um dia, ela faz alguma coisa boba como beijar você ou sorrir, e de repente sua vida não lhe pertence mais.
O amor faz reféns.
Ele entra em você.
Devora tudo que é seu e lhe deixa chorando na escuridão.
E então uma simples frase como: “talvez devêssemos ser apenas amigos” se transforma em estilhaços de vidro rasgando seu coração.
Isso dói, dói muito.
Não só na sua imaginação ou mente.
É uma dor na alma, uma dor no corpo, é uma verdadeira:
dor-que-entra-em-você-e-o-destroça-por dentro.
Nada deveria ser assim......
principalmente o amor.
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Quando um é dependente do outro.



Dependendo da relação você tende a agir de acordo com um determinado padrão de comportamento.
Se você não tem jogo de cintura e se comunica sempre igual, produz um relacionamento conflituoso.
Quem é mais equilibrado, lembrando que não existe ninguém absolutamente bem resolvido, tenta alternar os papéis com a outra pessoa, buscando com isso um envolvimento mais inteligente, com mais cara de paz que de guerra.
Explico melhor:
No relacionamento, parece que uma boa parte das pessoas são do tipo grude, mais carentes, pedindo ou até implorando a atenção do outro.
São dependentes emocionais e no fundo sentem que a sua felicidade vem da outra pessoa, do fato dela estar ou não presente. Por isso, cobram, controlam, têm ataque de ciúme.
Há quem parta até para a investigação, olhando os recados do orkut, invadindo a privacidade etc...
Mas, o problema é que quanto mais atuam desta forma, ao invés de aproximarem o (a) companheiro (a), afastam-no cada vez mais.
Do outro lado existem aqueles que têm o pavio curto.
São os mais poderosos, independentes e se sentem sufocados com tanta cobrança e pressão.
São mais agressivos e têm uma atitude constante de rechaço, resistindo bravamente ao amor.
Se o primeiro tipo tem medo de perder e sofre com isso, o segundo faz de conta que não está tão interessado assim. Este é talvez o jogo que mais vemos acontecer. A tendência é que o conflito se acentue, chegando a uma situação mais perto do inferno que do céu.
Mas como sair disso?
Como mudar?
Na minha visão acho que existe uma saída na qual consiste na tomada de consciência de ambas as partes. Cada um dos cônjuges precisa se dar conta do seu jeito e entender que se não houver mudanças a relação terá seu prazo de validade próximo do fim.
Quem é dependente deve se indignar, aprender a ficar na sua, parar de se humilhar. É comum encontrar pessoas que têm um comportamento muito parecido com um dependente químico. Parece que vai morrer sem o outro.
Dizem: "Você é tudo para mim, sem você eu não vivo".
Neste caso, a necessária mudança se faz quando você passa a se dedicar a si mesmo, parando de pedir ou de cobrar, deixando que o outro venha de livre e espontânea vontade.
A dignidade o faz mais atraente.
Já quem é arisco ao relacionamento precisa entender o problema que tem de se entregar, de perder o controle.
Quando relaxa, enfrentando o medo de amar, fica mais humilde e reconhece que também tem o seu lado carente que precisa de amor.
Dá o braço a torcer e diz:
"Eu preciso de você, eu te quero”.
Se cada um dos dois fizer sua parte, o casal poderá colher os frutos de sua consciência e de sua coragem, deixando que o amor flua sem a rigidez dos antigos padrões.
Experimente!

Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

Homem-satélite, você é ou você tem?


HOMEM SATÉLITE


Entenda assim:
Homens-satélites são ótimos, especiais, sempre elogiam, sempre apaixonados (mesmo que tenha visto a moça quando ela tinha 15 anos), salivam de felicidade quando a fulana liga pra ele e ficam praticamente a vida toda na órbita, mas nunca colidem.
Não, não são babacas, apenas curtem uma coisinha meio platônica.
Como você que fica olhando aquela Ferrari toda vez que passa na loja, pergunta o preço, toca o couro dos bancos, mesmo sabendo que nunca irá possuí-la.
Desejo puro, simples assim.
Acredito que a maioria das mulheres geralmente tem, principalmente quando elas estão namorando.
Vai uma digressão...
Acho que elas precisam de uma outra opinião de vez em quando, um outro homem – isento de qualquer obrigação amorosa – que digam a elas o quanto o quão lindas e interessantes são.
A questão aqui não é sexual.
O ponto é: elas precisam provar para si mesmas que nós (namorados e maridos) não são os únicos, mesmo sendo (ou não sendo, sei lá).
Sentir a libertadora sensação de saber que, na hora em que nós homens torrarem a paciência.
Elas terão alguém para bajular.
Ou seja, brincar de Afrodite quando alguma coisa passa rasteira na auto-estima delas.
O homem-satélite não oferece risco ao namorado ou marido, é obvio que é, pois senão o “cargo” que você ocupa seria ocupado por outro, pois ninguém é obrigado a ficar com alguém se está é porque realmente quer.
Agora você entende porque aquele mulherão vira e mexe te liga, mas nunca aceita um convite para sair e as mulheres porque ligam sempre para os seus homens-satélites.
Quem disse que as mulheres não são eternas menininhas precisando de elogios e atenção.
Tadeu Silva. (Copyright2007 Todos os direitos reservados)

One - U2 (1992)


One

Is it getting better
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now
You got someone to blame?
You say
One love, one life
When it's one need
In the night
One love
We get to share it
It leaves you, baby
If you don't care for it
Did I disappoint you
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love
And you want me to go without
Well, it's too late
Tonight
To drag your past out
Into the light
We're one
But we're not the same
We get to carry each other
Carry each other
One
Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come to play Jesus
To the lepers in your head?
Did I ask too much
More than a lot?
You gave me nothing now
It's all
I got
We're one
But we're not the same
We will
We hurt each other
Then we do it again
You say
Love is a temple
Love, a higher law
Love is a temple
Love, the higher law
You ask me to enter
And then you make me crawl
And I can't be holding on
To what you got
When all you got is hurt
One love
One blood
One life you got
To do what you should
One life
With each other
Sisters, brothers
One life
But we're not the same
We get to carry each other
Carry each other
One ...

One - U2 (1992) - Tradução



Um

Está melhorando
Ou você ainda sente o mesmo?
Agora vai ficar mais fácil pra você agora?
Você conseguiu alguém para culpar,
Você diz...
Um amor, uma vida,
Quando ele é uma necessidade na noite.
Um amor, nós temos que repartí-lo
Ele te abandona, querida, se você não se importa com ele
Eu te desapontei
Ou deixei um gosto ruim em sua boca?
Você age como se nunca tivesse amado
E você quer que eu continue sem nehum
Bem é...
Tarde demais esta noite
Para trazer o passado à tona
Nós somos um, mas não somos o mesmo
Nós temos que
Carregar um ao outro, carregar um ao outro...
Um...
Você veio aqui para perdão?
Você veio para levantar os mortos?
Você veio aqui para bancar Jesus
Para os leprosos na sua mente?
Eu pedi muito, mais que demais?
Você não me deu nada
Agora é tudo que eu tenho
Nós somos um, mas não somos o mesmo
Bem, nós magoamos um ao outro
Então fazemos isso novamente
Você diz:
O Amor é um templo
Amor, uma lei superior
O Amor é um templo
Amor, a lei superior
Você me pede para entrar
Mas então você faz rastejar
E eu não posso ficar me agarrando ao que você tem
Quando tudo que você tem é sofrimento...
Um amor, um sangue, uma vida
Você tem que fazer o que deve
Uma vida um com o outro
Irmãs, irmãos
Uma vida, mas não somos o mesmo
Nós temos que
Carregar um ao outro, carregar um ao outro...
Um...