quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

11/1/11 - Onde estão as pessoas que prestam?


Será que os sentimentos tornaram-se também descartáveis?
O medo de sofrer tornou-se algo tão grande que usamos das maneiras mais estranhas para nos proteger.
Já ouvi tantas e tantas pessoas contando que foram seduzidas, se apaixonaram, foram usadas e depois jogadas fora, que até perdi a conta, mas recentemente fui ouvinte de uma história que me fez refletir e vou dividir com vocês do blog, usando nomes fictícios, claro.
Outro dia, Mônica perguntou ao seu mais novo “affair”, Eduardo, no msn quando eles se encontrariam novamente, ele respondeu que estava muito ocupado e que seria difícil se encontrarem naquele final de semana, mas confirmaria com ela mais tarde.
Ah!!! Se Mônica tivesse seguido o "Conselho para mulher solteira" do facebook:
"Se você pode encontrá-lo, ele também pode. Se ele quiser encontrá-la dará um jeito". ( Agora o conselho para homem solteiro: "Se você pode encontrá-la ela também pode. Se ela quiser encontrá-lo dará um jeito".)
O resultado, depois dessa conversa, Eduardo simplesmente desapareceu!
Nenhum email, mensagem, sms, telefonema, nem ligação à cobrar (Desculpe-me, mas sou obrigado a abrir um parênteses, acho que não existe coisa pior que um homem que dá toquinho no cel, ou liga a cobrar para mulher, será que ela não vale o custo de uma ligação), voltando... nem sinal de fumaça, nada!
Infelizmente, como hoje ainda não existe nenhum tipo de garantia para o caso da relação não funcionar, num momento de reflexão  Mônica desabafou:
“A partir de agora não vou mais me relacionar com ninguém, não vou estabelecer nenhum laço com ninguém. Não correrei riscos, porque não posso suportar mais essas perdas.”
Além disso, acrescentou que não devemos nos apegar demais às pessoas, pois, só assim, conseguiremos evitar o sofrimento.
Quando ouvi isso achei um verdadeiro absurdo. Mas hoje fiquei na dúvida.
A partir de agora não vamos mais fazer questão de conhecer as pessoas para não sofrermos mais?
Quando um relacionamento começar a ficar mais sério ou antes de sentirmos alguma coisa por alguém, devemos terminar para não sentirmos dor?
Será essa a melhor forma de evitarmos o sofrimento da perda?
Se os relacionamentos estão cada vez mais descartáveis, e por extensão as pessoas que cruzam as nossas vidas, o que sentimos por elas é também descartável?
E o que faremos com os sentimentos que não podem ser reciclados?
É claro que algumas pessoas tem mesmo o incrível dom de serem covardes e nos tirar um pouco da esperança em acreditar que ainda existam pessoas que valham a pena. Entretanto, felizmente, o melhor que Mônica pode fazer por Eduardo é conseguir, é encontrar um amor, é não desistir e mostrar para ele que ninguém precisa se reduzir ao que ele foi, uma pessoa descartável...
Tadeu Silva (Copyright 2011 Todos os direitos reservados)





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