quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Paraíso Provisório


Jamais conheci alguém que fosse prudente o suficiente a ponto de não se envolver, não amar outra pessoa para não correr o risco posterior da dor.
Ultimamente tenho feito a seguinte pergunta:
O seu amor é grande, imenso, infinito mesmo?
Então esqueça o que virá depois. Viaje a bordo dessa nave extraterrestre que é o amor.
É uma jornada inesquecível.
E altamente espiritualizante, às vezes surreal.
Ao descobrirmos os nossos venenos internos (orgulho, aversão, apego, inveja, etc.), devemos arregaçar as mangas e ir à procura do antídoto.
Não devemos ter tempo para sofrer, mas depois pensando bem, acho que o melhor mesmo é saber que os venenos estão lá, ter consciência deles.
O resto, o antídoto, vem com o tempo.
Para podermos lidar com o nosso sofrimento é preciso, antes de tudo, conhecê-lo. Em cada centímetro.
Seu cheiro, sua extensão, formato, tudo.
Depois, bem depois, saber por que, quais as causas que nos fazem ou fizeram sofrer.
Somos feitos de felicidade e infelicidade.
O ideal é bebermos dos dois.
A dois.
De preferência.
A dor vem depois.
Não adianta saber.
Nosso impulso é mais forte do que qualquer argumento lógico.
Somos movidos de impulsos.
Não acredito nesse mito que vislumbram homem plenamente racional.
Sou um romântico monumental.
Viva o presente e não pense na dor, que provavelmente, virá.
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Tadeu Silva. (Copyright2008 Todos os direitos reservados)

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